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Revista |
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| GRANTA 3 | Futuro | «O futuro já não é o que era. As grandes narrativas esgotaram-se, as colecções de ficção científica perderam adeptos em favor das sagas de fantasia, a Previdência (e a Providência) é deficitária, o planeta aqueceu, e o teletransporte, que a série televisiva Espaço 1999 nos prometeu, não chegou a acontecer. Passámos, no espaço de um século, do entusiasmo tecnológico e científico (a antecipação das novelas de Júlio Verne) ao no future que a geração punk anunciou. E agora até esse anúncio nos parece temerário, uma vez que a velocidade do futuro deixou para trás as frases sobre o futuro.» — PM
«Futuro? Que futuro? Nunca faço planos pro futuro, mas ele faz cada um pra mim… A frase de Millôr Fernandes bem poderia ser a epígrafe desta edição de Granta, que traz diferentes olhares sobre quão indomesticável é o futuro e, ao mesmo tempo, quão indomesticável é nosso desejo de domesticá-lo. Aqui estão textos que falam sobre o futuro pessoal, o futuro existencial, o futuro político, e como todos eles se relacionam. Haja passado para tanto futuro. Diz Philip K. Dick: O futuro é mais coerente do que o presente, mais animado e dotado de um objetivo, e, num sentido real, mais sábio. Tomara que ele esteja certo.» — GP | | |
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| Neste número: |
| Anita Brookner, Um casamento Rogério Casanova, Os anteontens que cantam, os amanhãs que Philip K. Dick, Exegese (trechos) Ricardo Domeneck, De cálcio, o futuro Álvaro Domingues, Oh que cousas grandes e raras haverá Margarida Vale de Gato, Por Tripetta, uma carta ao passado Claudia Jaguaribe, A memória do futuro Eugene Lim, Nenhuma máquina seria capaz disso Ana Paula Maia, O executor Rick Moody, Vídeos dos Mortos Chris Petit, O último modernista Miguel Soares, Um passeio no parque Joca Reiners Terron, Grande Mal Paulo Tunhas, O sonho imperativo Julia Wähmann, Lua em Virgem Jillian Weise, Ciborgue comum Antônio Xerxenesky, Diário da domesticação do divino |