Autores
Patrícia Almeida e David-Alexandre Guéniot
Patrícia Almeida (fotógrafa e editora) e David‑Alexandre Guéniot (programador e editor) são fundadores da GHOST Edições. Produzem publicações, exposições e encontros em torno dos livros de artista, privilegiando uma abordagem experimental na criação de narrativas visuais. Têm participado em inúmeras feiras internacionais, como a OffPrint (Paris, Londres) ou a Pa/per View (Bruxelas).
Daniela Abade
Daniela Abade nasceu em Santos, em 1971. É escritora e argumentista, autora dos
romances Mirtes ainda vive (2008), Crônicos (2005) e Depois que acabou (2004). Criou diversos projectos literários na internet, entre eles o site de humor mundoperfeito.com.br. Vive em São Paulo.
Mouna Abouissa
Nasceu em Moscovo e cresceu no Egipto. É jornalista freelance, documentarista e fotógrafa, especializada no Médio Oriente, e vive actualmente no Cairo. Colabora com publicações de vários países: «Le Monde Diplomatique», «The National» e CNN, entre outras.
André Aciman
André Aciman nasceu em Alexandria, em 1951. É escritor e professor de Literatura na City University (Nova Iorque). Autor de um livro de memórias e de volumes de ensaios, escreveu também cinco romances, o mais célebre dos quais — Call Me by Your Name — foi adaptado para o cinema. Vários dos seus livros estão publicados em português.
Socorro Acioli
Socorro Acioli nasceu em Fortaleza, em 1975. É escritora, jornalista, professora universitária, doutorada em Literatura. Ganhou o Prémio Jabuti em 2013, com o livro Ela Tem Olhos de Céu. O romance A Cabeça do Santo foi publicado no Brasil, Estados Unidos, França e Inglaterra.
Chimamanda Ngozi Adichie
Nasceu na Nigéria, em 1977. É autora de vários contos e romances traduzidos em mais de 30 idiomas. Em Portugal encontram‑se publicados, entre outros, «Americanah», «A Coisa à Volta do Teu Pescoço» e «A Cor do Hibisco». Adichie tem vindo a acumular prémios e menções honrosas, entre os quais se destacam o Commonwealth Writer’s Prize for Best First Book, por «A Cor do Hibisco», o PEN Beyond Margins Award, por «Meio Sol Amarelo», e a inclusão, em 2010, na lista The New Yorker’s «20 under 40» Fiction Issue.
Luís Afonso
Nasceu em 1965, em Aljustrel. Com formação académica em Geografia, é cartoonista desde 1985. Tem rubricas diárias no «Público» (Bartoon), «A Bola» (Barba e Cabelo), «Jornal de Negócios» (SA) e Antena 1/RTP (A Mosca). É autor de oito livros de cartoons. Em 2012 estreou-se na ficção com «O Comboio das Cinco», a que se seguiu, em 2016, «O Quadro da Mulher Sentada a Olhar Para o Ar com Cara de Parva e Outras Histórias».
José Eduardo Agualusa
Nasceu no Huambo, em 1960. Publicou 15 romances e diversas colectâneas de contos e de crónicas. É cronista do diário brasileiro «O Globo». Em 2007, ganhou o prémio Independent Foreign Fiction com o romance «O Vendedor de Passados». Em 2016, foi finalista do prémio Man Booker International com o romance «Teoria Geral do Esquecimento», que no ano seguinte ganhou o Dublin Literary Award. Os seus livros estão traduzidos em mais de 30 idiomas. É representado pela Mertin Literary Agency.
César Aira
César Aira (1949, Coronel Pringles) vive em Buenos Aires, é tradutor e crítico literário, e é autor de mais de cem livros traduzidos para mais de 30 idiomas, entre eles Um acontecimento na vida do pintor‑viajante e Como me tornei freira, publicados em português. Entre outros reconhecimentos, recebeu a Bolsa Guggenheim, o Prémio Iberoamericano de Narrativa Manuel Rojas e o Prémio Formentor.
Svetlana Alexievich
Nasceu em Ivano-Frankovsk, na Ucrânia, em 1948, mas cresceu na Bielorrússia. Trabalhou como jornalista, escreve sempre em russo e, com cinco livros de não-ficção, ganhou em 2015 o Prémio Nobel da Literatura. Tem três livros traduzidos e publicados em Portugal: «O Fim do Homem Soviético», «Vozes de Chernobyl – História de Um Desastre Nuclear» e «A Guerra Não Tem Rosto de Mulher».
Djaimilia Pereira de Almeida
Nasceu em 1982, em Luanda. Estudou Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa e Teoria da Literatura na Universidade de Lisboa. Em 2013 foi uma das vencedoras do prémio de ensaísmo serrote (Instituto Moreira Salles, Brasil). Publicou em «Afrolis», «Buala», «Common Knowledge», «Forma de Vida», «Ler», «Observador», «Pessoa», «serrote» e «XXI». «Esse Cabelo» (2015) é o seu primeiro livro.
Clara Ferreira Alves
Nasceu em 1956, e é escritora e jornalista. Foi directora da Casa Fernando Pessoa e da revista «Tabacaria». É autora de programas culturais e de documentários para televisão, além do programa de comentário político «Eixo do Mal». Publicou vários livros, entre ficção, crónica e ensaio. O seu livro mais recente é o romance «Pai Nosso».
Ana Luísa Amaral
Nasceu em Lisboa, em 1956. É autora de quase três dezenas de livros, entre poesia, teatro, ficção e infantis, sendo os mais recentes o romance «Ara» e o livro de poemas «E Todavia». Traduziu Emily Dickinson e William Shakespeare. Os seus livros estão traduzidos e publicados em vários países. Recebeu, entre outros, o Prémio Literário Correntes d´Escritas, o Premio di Poesia Giuseppe Acerbi, o Grande Prémio de Poesia APE e o Prémio PEN de Narrativa. É professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Olavo Amaral
Olavo Amaral (1979, Porto Alegre) vive no Rio de Janeiro e é autor de Dicionário de línguas imaginárias, Correnteza e escombros e Estática. É médico, investigador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se dedica à promoção de uma ciência mais aberta, transparente e confiável.
Bruno Vieira Amaral
Nasceu em 1978. Em 2002, foi seleccionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores, na área de poesia. Colaborou no «DN Jovem», na revista «Atlântico», no jornal «i» e na LER. É autor do «Guia para 50 Personagens da Ficção Portuguesa» e do blogue Circo da Lama. Com «As Primeiras Coisas», o seu romance de estreia, venceu os prémios PEN Narrativa 2013 e Fernando Namora 2013, além do prémio de Livro do Ano da Time Out. Em 2015, publicou «Aleluia!».
Carlos Drummond de Andrade
Nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, em 1902. Poeta e cronista, foi figura destacada da segunda vaga do modernismo brasileiro. Formado em Farmácia, mas sem seguir a profissão, dedicou-se ao jornalismo, foi funcionário público de craveira e interventor político. Em 1930, «Alguma poesia», o seu primeiro livro, dá início à publicação de uma vasta e importante obra literária, várias vezes premiada no Brasil. Morreu no Rio de Janeiro, em 1987.
Alexandre Andrade
Nasceu em 1971, em Lisboa. É professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Publicou os romances «Benoni» e «Aqui Vem o Sol», e as recolhas de contos «As Não‑Metamorfoses» e «Cinco Contos sobre Fracasso e Sucesso». Mais recentemente, publicou «Quartos Alugados». Participou na edição de 2007 da iniciativa «PANOS — palcos novos palavras novas», com a peça «Copo Meio Vazio» (Culturgest). Mantém o blogue «umblogsobrekleist».
Claudia Andujar
Claudia Andujar nasceu em Neuchatel, na Suíça, em 1931. Emigrou para o Brasil em 1955. Fotografou e estudou a cultura yanomami durante décadas. Recebeu o Prémio Anual de Liberdade Cultural [Fotografia] da Lannan Foundation, o Prémio Severo Gomes da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, o Prémio de Fotografia da Associação Paulista dos Críticos de Arte, o Prémio Kassel Photobook Award, com o livro Marcados, e a Goethe‑Medaille, em Weimar. Foi homenageada em 2008 com a Ordem de Mérito Cultural.
Golgona Anghel
Nasceu em Alexandria, na Roménia, em 1979. É investigadora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Publicou três livros de poesia: «Vim Porque Me Pagavam» (2011), «Como Uma Flor de Plástico na Montra de Um Talho» (2013), «Nadar na Piscina dos Pequenos» (2017).
Laís Araruna de Aquino
Laís Araruna de Aquino (1998, Recife) é autora de Juventude (2018) e de Nós só compreendemos muito depois (2021), semifinalista do Prémio Oceanos.
Marçal Aquino
Marçal Aquino nasceu em Amparo, no interior de São Paulo, em 1958. É escritor, jornalista e argumentista de cinema e televisão.
Publicou no Brasil, entre outros livros, o romance Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios.
Rui Ângelo Araújo
Nasceu em 1968. Fundou e dirigiu a revista Periférica (2002‑2006). Publicou «Os Idiotas», novela picaresca ou algo assim. Mantém o blogue «Os Canhões de Navarone», onde se senta a observar a vida selvagem.
Chloe Aridjis
Chloe Aridjis nasceu nos EUA, em 1971, EUA. Cresceu entre a Holanda e o México. Publicou os romances Book of Clouds (Prémio Primeiro Romance Estrangeiro, França); Asunder e Sea Monsters (Prémio PEN/Faulkner de Ficção, 2020). Escreve para revistas de arte. Recebeu uma Bolsa Guggenheim (2014) e o Prémio Eccles Centre & Hay Festival Writers (2020). Faz parte do XR Writers Rebel, um grupo de escritores que combatem a emergência climática. Os seus livros não estão publicados em português.
Anelis Assumpção
Anelis Assumpção (1980, São Paulo) é cantora, compositora e percussionista. Integrou a banda do seu pai, Itamar Assumpção, e também a Banda Zica. Lançou quatro discos autorais: Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa (2011), Amigos Imaginários (2014), Taurina (2018) e Sal (2022). É autora do livro infantil Serena Finitude (2022).
Diana Athill
Nasceu em Kensington, em 1917. Foi editora na André Deutsch Ltd. durante 40 anos, experiência que retratou no aclamado livro Stet. Escreveu vários outros volumes de não ficção literária, bem como um volume de correspondência e um romance. Em 2009, recebeu a Ordem do Império Britânico e o Costa Biography Award, com o livro O Fim Pode Esperar, publicado em Portugal. Morreu em Londres, em 2019.
William Atkins
William Atkins nasceu em Inglaterra, em 1976. É escritor e editor freelance. Publicou os livros The Moor e The Immesurable World: A desert journey (Prémio Stanford Dolman Travel Book of the Year, 2019). Em 2016 recebeu o Prémio British Library Eccles. Os seus livros não estão publicados em português.
Edyr Augusto
Nasceu em Belém do Pará, em 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros de poesia, teatro e crónicas, e dos romances Os Éguas, Moscow, Casa de Caba, Um Sol para Cada Um, Selva Concreta, Pssica e BelHell, publicados no Brasil e em França.
Abel Barros Baptista
Nasceu em 1955. É professor da FCSH-UNL, especialista em literatura portuguesa e brasileira, nomeadamente em Camilo Castelo Branco e Machado de Assis. Colaborou ou colabora, como crítico e cronista, em vários jornais e revistas («LER», «Expresso», «Público», «Folha de S. Paulo»). Foi director-adjunto da «Colóquio/Letras». Vários dos seus livros receberam prémios: «O Professor e o Cemitério» – Prémio Revelação de Ensaio APE; «Em Nome do Apelo do Nome» – Prémio Pen de Ensaio; «Autobibliografias» – Grande Prémio de Ensaio Literário APE. Escreveu com Luísa Costa Gomes «O Defunto Elegante», romance cómico em forma epistolar.
Vanessa Barbara
Nasceu em São Paulo, em 1982. É jornalista e escritora, colunista da equipa internacional do «New York Times» desde 2013. É autora dos romances «Noites de Alface» (traduzido para seis idiomas, vencedor do Prix du Premier Roman Étranger, em França), «Operação Impensável» (vencedor do Prémio Paraná de Literatura), da colectânea de crónicas «O Louco de Palestra» e do livro-reportagem «O Livro Amarelo do Terminal» (vencedor do Prémio Jabuti), entre outras obras. Em 2012, foi incluída pela Granta na lista dos vinte melhores jovens escritores brasileiros.
Julian Barnes
Nasceu em Inglaterra, em 1946. Publicou doze romances e vários livros de contos. Escritor multipremiado, ganhou em 2011 o Prémio Booker com «O Sentido do Fim». Além deste, estão publicados em Portugal: «O Papagaio de Flaubert», «A História do Mundo em 10 Capítulos e 1/2», «Amor & Ca.», «Do Outro Lado do Canal», «Inglaterra, Inglaterra», «A Mesa Limão», «Nada a Temer» e «Os Níveis da Vida».
Lenora de Barros
Lenora de Barros (1953, São Paulo) é artista visual e poeta. Formada em Linguística pela Universidade de São Paulo, as suas primeiras obras podem ser colocadas no campo da «poesia visual». Desde então, construiu uma poética marcada pelo uso de diversas linguagens: vídeo, performance, fotografia, instalação sonora e construção de objectos. Destacam-se algumas das suas exposições mais recentes, nacionais e internacionais, como a participação na 59.ª Bienal de Veneza — The Milk of Dreams (2022), Minha Língua na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2022), RETROMEMÓRIA no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2022) ou Tools for Utopia no Kunstmuseum Bern (2020).
Elif Batuman
Elif Batuman nasceu em Nova Iorque em 1977. É escritora e jornalista. Escreve regularmente na revista The New Yorker. Publicou três livros, dois dos quais estão editados no Brasil: o romance A Idiota (finalista do Prémio Pulitzer) e Os Possessos – Aventuras com os livros russos e seus leitores, que mistura autobiografia, crítica literária e crónica de viagens. O romance Either/Or ainda não tem edição em português.
Saul Bellow
Nasceu em 1915, na província canadiana do Quebec. Dois anos antes, o seu pai emigrara da Rússia com a mulher e os três filhos, indo juntar­‑se a família já estabelecida no Canadá. Mais tarde, mudaram­‑se para Chicago. Entre as suas obras encontram­‑se «As Aventuras de Augie March», «Herzog», «Ravelstein», «O Legado de Humboldt» ou «Jerusalém, Ida e Volta». Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1976. Morreu em 2005.
Ruy Belo
Ruy Belo (1933-1978) é um dos mais importantes poetas portugueses da segunda metade do século XX. Publicou o primeiro livro, «Aquele Grande Rio Eufrates», em 1961. Estudou Direito e doutorou-se em Direito Canónico, em Roma, vindo posteriormente a licenciar-se em Filologia Românica. Viveu em Madrid, como leitor de Português, entre 1971 e 1977. Desenvolveu ainda uma importante actividade ensaística, destacando-se neste aspecto a colectânea de ensaios «Na Senda da Poesia», publicada em 1969. Tem a obra poética reunida no volume «Todos os Poemas».
Joana Bértholo
Nasceu em Lisboa, em 1982. É licenciada em Design pela Faculdade de Belas‑Artes, e doutorou‑se em Estudos Culturais na Alemanha. Publicou os romances «O Lago Avesso» e «Diálogos para o Fim do Mundo», bem como a colectânea de contos «Havia». Escreve também para teatro e dança. Chama às aulas que dá na Universidade Lusófona «Teoria Geral da Ficção».
Wolf Biermann
Nasce em Hamburgo, em 1936. É cantor, compositor e escritor. Aos 17 anos, filiou-se no Partido Comunista e mudou-se para a Alemanha de Leste. Em 1976, foi expulso do Partido e da Alemanha de Leste. Não está publicado em português.
Daniel Blaufuks
Nasceu em Lisboa, em 1963. Expôs em vários museus e galerias em Portugal e no estrangeiro. Recebeu o Prémio BES Photo em 2007. Publicou, mais recentemente, os livros «This Business of Living», «Toda a Memória do Mundo, Parte Um», «Rio (Hoje é sempre ontem)» e «Fábrica».
Roberto Bolaño
Roberto Bolaño nasceu em Santiago do Chile, em 1953. Viveu no México e em alguns países europeus, antes de se instalar em Espanha, no final de 1970. Considerado um dos grandes autores da literatura latino‑americana contemporânea, recebeu, entre outros, o Prémio National Book Critics Circle, atribuído ao romance 2666, publicado postumamente. Além deste, vários dos seus livros estão traduzidos em português, como Os Detetives Selvagens e Putas Assassinas.
Morreu em Barcelona, em 2003.
Francisco Bosco
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1976. É ensaísta, doutor em teoria da literatura pela UFRJ. Ex-presidente da Funarte, é autor dos livros «A Vítima Tem sempre Razão?», «Orfeu de Bicicleta: Um pai no século XXI» e «Alta Ajuda», todos publicados em Portugal. Dirigiu a colecção Ensaios Brasileiros Contemporâneos (Funarte, nove volumes).
William Boyd
Nasceu no Gana, em 1952. Estudou em Nice, Glasgow e Oxford. Escreveu 11 romances, vários dos quais distinguidos com prémios literários: Whitbread Award e Somerset Maugham Prize para «No Coração de África»; James Tait Black Memorial Prize para «A Praia de Brazzaville»; Costa Book Award para «Inquietude». Além destes títulos, estão publicados em Portugal «As Novas Confissões», «A Tarde Azul», «O Destino de Nathalie X», «Armadillo», «Tempestade» e «A Solo». Em 2005, recebeu a recebeu a Ordem de Comandante do Império Britânico.
Augusto Brázio
Nasceu em 1964. Estudou na Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa. Iniciou o percurso como fotógrafo na década de 1990, trabalhando na imprensa. Colabora regularmente com publicações internacionais. Em 2004, passou a integrar o colectivo de fotógrafos Kameraphoto. Em 2008, recebeu o Prémio de Fotojornalismo Visão/BES. Nos últimos anos, tem trabalhado sobre questões de imigração, pertença e ocupação do território. As suas fotografias estão representadas em várias colecções públicas e privadas.
Ronaldo Bressane
Ronaldo Bressane nasceu em São Paulo, em 1970. É escritor, jornalista e professor de escrita criativa. Publicou os romances Escalpo e Mnemomáquina, os romances gráficos V.I.S.H.N.U. e Sandiliche, e o livro de poemas Metafísica Prática, entre outros.
Anita Brookner
Nasceu em Londres, em 1928, formou‑se em História da Arte, foi a primeira mulher com o cargo de slade professor na Universidade de Cambridge e distinguiu‑se como romancista e crítica de arte. Vários dos seus livros estão publicados em português, incluindo «Hotel du Lac», vencedor do Prémio Booker em 1984. Morreu em 2016.
Jordi Burch
Nasceu em Barcelona, em 1979, cresceu em Lisboa e vive em São Paulo. Estudou no Ar.Co e pertenceu ao colectivo Kameraphoto. Publicou em vários jornais e revistas. Expôs no Museu Nacional de Arte Antiga, na Plataforma Revólver, no Museu AfroBrasil, nos Encontros da Imagem, na Fundação EDP, no PhotoEspaña, no Centro Cultural de Luanda, entre outros. Em 2015, publica o seu primeiro livro: «Havia Sol e Éramos Novos».
Duncan Bush
Duncan Bush nasceu em Cardiff, no País de Gales, em 1946. Além do seu trabalho como argumentista, tradutor e dramaturgo, publicou sete livros de poesia e três romances, nenhum deles traduzido em português.
Morreu em 2017.
Afonso Reis Cabral
Afonso Reis Cabral nasceu em Lisboa, em 1990. É autor de quatro livros: Pão de Açúcar (Prémio José Saramago 2019), Leva‑me Contigo — Portugal a Pé pela Estrada Nacional 2 (2019), O Meu Irmão (Prémio Leya 2014) e Condensação (2005). As suas obras estão publicadas em várias línguas. Contribuidor regular para diversas publicações, escreve no jornal digital A Mensagem de Lisboa.
António Cabrita
Nasceu em Almada, em 1959. Fez parte das redacções do «Jornal de Letras» e «Expresso» e da revista «Elle». Em 1997 inflectiu a sua actividade e tornou‑se editor, tendo produzido mais de 50 livros. Em 2004 emigrou para Moçambique, onde é professor e escreve guiões. Tem 20 livros publicados — de entre os quais se destacam «Bagagem Não Reclamada» (poesia) e «A Maldição de Ondina», romance finalista do Prémio Telecom de 2012, no Brasil, e que chegou à  "short list"  do Prémio Casino da Póvoa, em 2013.
Rachel Caiano
É artista plástica e ilustradora. Foi finalista do Prémio Jovens Criadores 2007 e do Prémio SPA 2013. Alguns dos seus livros constam de exposições, como a «The White Ravens», uma selecção internacional dos melhores livros organizada pela International Youth Library. O seu «Pequeno Livro das Coisas» foi distinguido com o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2014.
Matilde Campilho
Nasceu em Lisboa, em 1982. Estudou Literatura e História da Arte. Nos últimos anos publicou poemas em jornais portugueses e brasileiros. Traduziu «Drawings», de Sylvia Plath, para português do Brasil. «Jóquei», o seu primeiro livro, foi publicado em 2014 em Portugal e em 2015 no Brasil.
Dulce Maria Cardoso
Nasceu em Trás­‑os­‑Montes, em 1964. É autora de quatro romances e dois livros de contos, tendo­‑se estreado como romancista em 2001, com «Campo de Sangue». Foi galardoada com vários prémios e distinções, entre os quais o Prémio da União Europeia para a Literatura, atribuído a «Os Meus Sentimentos». O romance mais recente, «O Retorno», foi considerado pela imprensa Livro do Ano 2011. A sua obra encontra­‑se traduzida em várias línguas e é estudada em diversas universidades.
Miguel Esteves Cardoso
Nasceu em Lisboa, em 1955. É filho de mãe muito inglesa e de pai muito português. Começou a falar e a escrever em inglês mas gosta mais de escrever em português, que para ele é mais difícil. Gosta mais de ler inglês do que português, por uma questão mais de quantidade do que de qualidade. Gosta de escrever todos os dias no jornal «Público». Para si próprio escreve menos vezes mas mais. É ambicioso.
André Carrilho
Nasceu em Lisboa, em 1974. É ilustrador, cartoonista, caricaturista e designer. Multipremiado nacional e internacionalmente, ganhou em 2002 o prestigiado Gold Award, atribuído pela Society for News Design (EUA). O seu trabalho aparece em publicações como «New York Times», «New Yorker», «Vanity Fair», «Harper´s Magazine» e «Diário de Notícias». Já expôs em vários países: Portugal, EUA, França, Espanha, China e Brasil.
Ana Margarida de Carvalho
Nasceu em Lisboa, e licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa. Assinou várias reportagens premiadas, crónicas, ensaios e crítica cinematográfica e literária. É autora de guiões de cinema, de uma peça de teatro e de um livro infantil. «Que Importa a Fúria do Mar», o seu romance de estreia, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela APE. Mais recentemente, publicou «Não Se Pode Morar nos Olhos de Um Gato» (2016), vencedor do Prémio Manuel Boaventura.
Ruy Duarte de Carvalho
Nasceu em Santarém, em 1941, mas cresceu no Namibe. Foi poeta, antropólogo, escritor e cineasta. Participou na luta pela libertação de Angola, e tornou‑se cidadão deste país a partir do momento em que passou a haver cidadania angolana. Para além de regente agrícola e de criador de ovelhas, estudou cinema em Londres e doutorou‑se na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, em Antropologia Social e Etnologia. Publicou «Lavra» (poesia reunida) e ainda, entre outros, «Vou Lá Visitar Pastores», «As Paisagens Propícias», «Desmedida» e «A Terceira Metade». Morreu em Swakopmund, em 2010.
Mário de Carvalho
Nasceu em Lisboa, em 1944. Escritor e advogado, participou nos movimentos estudantis e na resistência organizada à ditadura. Esteve preso, sendo sujeito a privação do sono e condenado a dois anos de cadeia. Esteve exilado na Suécia, regressando a Portugal após a Revolução de 25 de Abril. Tem uma obra literária longa (romance e novela, conto, teatro), traduzida em várias línguas e reconhecida com muitos prémios literários. O seu romance mais premiado é «Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde», de 1994; a obra mais recente, «Ronda das Mil Belas em Frol».
Rogério Casanova
Nasceu em Lisboa, em 1980. Colabora com a imprensa desde 2008, com passagens pelo «Expresso», «Público», «Observador», «Diário de Notícias» e revista «LER». É autor dos livros «Pastoral Portuguesa» (2009) e «Trabalhos de Casa» (2013). Traduziu Jane Austen, Flannery O’Connor, Patricia Highsmith, Robert Louis Stevenson, James Wood e George Saunders. Lecciona desde 2016 um seminário na pós‑graduação em Artes da Escrita, na FCSH.
Eduardo Viveiros de Castro
Eduardo Viveiros de Castro (1951, Rio de Janeiro) é um dos mais influentes antropólogos da atualidade, encontrando na fotografia uma importante ferramenta de pesquisa. Publicou livros como A inconstância da alma selvagem, Metafísicas canibais ou Araweté: o povo do Ipixuna. É docente de etnologia no Museu Nacional/UFRJ, professor titular de antropologia social na UFRJ e membro da Equipe de Recherche en Ethnologie Américaniste do CNRS, além de ter dado aulas em várias universidades pelo mundo. Fez uma exposição com o corpo da sua produção fotográfica chamada Eduardo Viveiros de Castro, fotógrafo, no Sesc Ipiranga, em São Paulo.
Juan Cavia
Nasceu em 1984, em Buenos Aires. Estudou pintura, desenho e cinema. É desenhador de BD e director de arte em cinema, publicidade e teatro. O filme «El Secreto de Sus Ojos», no qual colaborou, foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Colaborou com Filipe Melo na premiada trilogia de BD «Dog Mendonça e Pizzaboy» (2010-2013), e na novela gráfica «Os Vampiros» (2016).
Philip Ó Ceallaigh
Philip Ó Ceallaigh nasceu na Irlanda, em 1968. É escritor e tradutor. Recebeu em 2006 o Rooney Prize, atribuído a Notes from a Turkish Whorehouse. O texto aqui publicado faz parte de um trabalho em curso acerca da Europa de Leste, o Holocausto e o totalitarismo. Vive em Bucareste. Nenhum dos seus livros está publicado em português.
Bruce Chatwin
Nasceu em Inglaterra, em 1940. Durante a sua curta carreira literária, escreveu inúmeros artigos para a «Sunday Times Magazine», onde deu os primeiros passos no género que o tornaria célebre — a literatura de viagens —, tal como célebre ficou a sua carta de demissão do jornal, onde escreveu simplesmente: «Fui para a Patagónia.» É autor de 11 livros, traduzidos em dezenas de idiomas. Em Portugal estão publicados, entre outros, «Na Patagónia», «Utz», «O Canto Nómada», «Debaixo do Sol» e «Anatomia da Errância». Em 1982 venceu o James Tait Black Memorial Prize, com «Os Gémeos de Blackhill». Morreu em Nice, em 1989.
Camila Chaves
Camila Chaves nasceu em São Gonçalo, Brasil, em 1987. É escritora e argumentista, formada em Relações Públicas, especializada em Escrita e Criação e com um mestrado em Comunicação.
Marcos Chaves
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Iniciou a sua actividade artística na década de 1980, e a sua obra caracteriza-se pela utilização de diferentes meios, transitando entre a produção de objectos, fotografias, vídeos, desenhos, palavras e sons. Participou na Manifesta 7 — Bienal Europeia de Arte Contemporânea, e na 25.ª Bienal de São Paulo. Fotografias suas já foram expostas em França, Alemanha, Itália, Reino Unido, EUA, Tóquio, Tailândia e África do Sul.
Mário Cláudio
Nasceu no Porto. Tem uma vasta obra literária pela qual recebeu, entre outros, os seguintes prémios: Grande Prémio de Romance e Novela APE, Prémio Eça de Queirós, Grande Prémio de Crónica APE, Prémio Vergílio Ferreira, Prémio Fernando Namora e Prémio Pessoa, pelo conjunto da obra (2004). É autor de inúmeros artigos publicados na imprensa nacional e estrangeira.
Cláudia Clemente
Nasceu no Porto, em 1970. Vive e trabalha em Lisboa. Estudou Cinema e Arquitectura. É autora de seis filmes de ficção e de três documentários. Publicou dois volumes de contos — «O Caderno Negro» e «A Fábrica da Noite» —, a peça de teatro «Londres» (Grande Prémio de Teatro SPA/Teatro Aberto, 2012) e o romance «A Casa Azul».
Emma Cline
Nasceu na Califórnia, em 1989. Trabalhou como leitora para a «New Yorker» e tem publicado ficção em revistas como a «Paris Review» e a «Tin House». O seu romance de estreia, «As Raparigas» (2016), foi muito aclamado pela crítica internacional, e está publicado em Portugal. Em 2017, Cline foi incluída pela Granta na lista dos melhores jovens escritores americanos.
Alexandra Prado Coelho
Nasceu em 1967, em Lisboa. Jornalista do «Público» desde 1990, passou pela secção Internacional, onde se dedicou sobretudo ao Médio Oriente, e pela Cultura, especializando-se em gastronomia a partir de 2011. Em 2006 escreveu, em co-autoria com o fotojornalista Daniel Rocha, um livro sobre os muçulmanos em Portugal e está actualmente a escrever outro sobre a icónica Cervejaria Ramiro, em Lisboa, com o fotógrafo Paulo Barata.
Alexandra Lucas Coelho
Nasceu em 1967, em Lisboa. Estudou teatro e comunicação. Tem carteira de jornalista desde Janeiro de 1987. Trabalhou dez anos na rádio, e entre 1998 e 2012 no «Público». Foram-lhe atribuídos vários prémios de jornalismo. É autora de cinco livros de reportagem-crónica-viagem, sendo o mais recente «Vai, Brasil», e publicou três romances – «E a Noite Roda» (Grande Prémio de Romance e Novela APE), «O Meu Amante de Domingo» e «Deus-dará».
J.M. Coetzee
J.M. Coetzee nasceu na Cidade do Cabo, em 1940. É romancista e ensaísta. Recebeu em 2003 o Prémio Nobel da Literatura, foi galardoado duas vezes com o Booker Prize, e ainda com o Jerusalem Prize, o Prix Femina e várias outras distinções. Autor de mais de vinte livros, entre romances, contos e romances autobiográficos, está publicado em dezenas de línguas, entre as quais o português. Vive actualmente na Austrália.
Teju Cole
Nasceu em 1975, nos Estados Unidos da América, e vive em Brooklin. Filho de pais nigerianos, foi criado neste país, tendo regressado aos EUA com 17 anos. É escritor, historiador de arte e fotógrafo. Escreveu a novela «Everyday is for the Thief», e distinguiu‑se com o romance «Cidade Aberta», traduzido em dez idiomas, nomeado para o National Book Critics Circle Award e vencedor do Prémio PEN/Hemingway Foundation para primeiro livro. Colabora regularmente com o «New York Times», a «New Yorker» e a «Granta».
Jorge Colombo
Nasceu em Lisboa, em 1963, e vive nos EUA desde 1989. Tem trabalhado como ilustrador, fotógrafo e designer gráfico. Em 2009, começou a pintar paisagens com o dedo num ecrã de iPhone, e hoje em dia é tudo o que usa para desenho ou para pintura (ou um iPad, em metade dos casos). Tem trabalhado para publicações como «The New York Times», «Vanity Fair», «Village Voice», «Fast Company» ou «The New Yorker».
Alain Corbel
Nasceu em França, em 1965. É ilustrador, já foi vaqueiro e, actualmente, é  professor de Ilustração da MICA (Maryland Institute College of Art, Baltimore, EUA). Contudo, os seus lugares de eleição são o Mediterrâneo e a África Lusófona, o que se reflecte em livros publicados com textos seus, como «A Viagem de Djuku», ou em colaboração com autores como Pedro Rosa Mendes: «Ilhas de Fogo», «Madre Cacau‑Timor», «Lenin Oil».
Hélia Correia
Nasceu em Lisboa, em 1949. Poetisa e dramaturga, revelou­‑se enquanto ficcionista com «O Separar das Águas«. Seguiram­‑se outros romances, como «Lillias Fraser» e «Adoecer». A sua escrita para teatro tem privilegiado os clássicos gregos, destacando­‑se, por exemplo, «Desmesura ­‑ Exercício com Medeia». É também autora de livros infanto­‑juvenis, como «A Chegada de Twainy». «A Terceira Miséria» é o seu mais recente livro de poesia. Distinguida com diversos outros prémios, recebeu em 2013 o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra.
José Pedro Cortes
Nasceu no Porto, em 1976. É artista visual e editor da Pierre von Kleist. Expõe o seu trabalho com regularidade desde 2005 (Museu Berardo, Instituto Tomie Ohtake, Fundação EDP, MNAC – Museu do Chiado). Publicou, entre outros, os livros Things Here and Things Still to Come (2011), Costa (2013) e A Necessary Realism (2018).
Elsa Court
Elsa Court nasceu em França, em 1985. É autora de contos e ensaios, publicados em revistas literárias. Publicou em 2020 o livro The American Roadside in Émigré Literature, Film, and Photography 1955‑85 (sem edição em português). É professora de Francês, Literatura e Escrita Criativa na Universidade de Londres, cidade onde vive.
Mia Couto
Nasceu em Moçambique, em 1955. Aos 14 anos publicou uma série de poemas no «Notícias da Beira». Mas foi com o 25 de Abril de 1974 e um convite para trabalhar no «A Tribuna» que decidiu suspender os estudos e ingressar num percurso ligado à escrita. Hoje tem mais de 20 livros publicados e está traduzido em inúmeros idiomas. Entre as suas obras encontram‑se «Terra Sonâmbula», «A Varanda do Frangipani», «Vozes Anoitecidas» e «Jerusalém». A sua obra tem vindo a ser distinguida com diversos prémios, entre os quais o Prémio Vergílio Ferreira, o Prémio Camões e o Prémio Internacional Neustadt de Literatura .
Afonso Cruz
Além de escritor, é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Em Julho de 1971, na Figueira da Foz, era completamente recém­‑nascido. Haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, Belas­‑Artes de Lisboa, Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países. Recebeu vários prémios e distinções nas diversas áreas em que trabalha, vive no campo e gosta de cerveja.
Alfredo Cunha
Nasceu em Celorico da Beira, em 1953. Iniciou-se no fotojornalismo em 1971, no jornal «Notícias da Amadora». Foi fundador do «Público», fotógrafo oficial do presidente da República Mário Soares, colaborou com os principais órgãos de comunicação social portugueses e trabalha agora como freelancer. Tem vários livros publicados. Destacou-se como autor de algumas das fotografias icónicas do 25 de Abril.
Rachel Cusk
Nasceu no Canadá, em 1967, cresceu em Los Angeles e mudou-se em 1974 para o Reino Unido, onde foi leitora em Oxford. Publicou oito romances e três livros de não-ficção, um dos quais, «Country Life», distinguido com o Somerset Maugham Award. Em 2003, foi incluída na lista dos melhores jovens romancistas britânicos da Granta. Em Portugal, está publicado o livro «Arlington Park».
Inês d´Orey
Inês d´Orey nasceu no Porto, em 1977. Estudou na London College of Printing, com uma bolsa do Centro Português de Fotografia. Tem recebido vários prémios, entre eles, o Novo Talento Fotografia FNAC. O seu trabalho tem sido frequentemente exposto e publicado em diversos países e faz parte de colecções públicas e privadas. É representada pela Galeria Presença (Porto).
Adam Dalva
Adam Dalva (1986, Nova Iorque) é escritor e crítico literário. É editor de
ficção na Guernica Magazine e na Words Without Borders, e os seus textos aparecem em publicações como New Yorker, Paris Review, New York Review of Books, Atlantic e Guardian. É professor de escrita criativa na Rutgers University. Em 2019, publicou na Dark Horse a novela gráfica Olivia Twist.
Lydia Davis
Lydia Davis (1947, Massachusetts) é escritora e tradutora, reconhecida sobretudo como contista. Dá aulas de escrita criativa na Universidade de Albany. Pelo seu trabalho de tradução de clássicos franceses, foi condecorada em França Cavaleira da Ordem das Artes e Letras. Autora de dezenas de livros, é possível ler em português Contos Completos (2009) e Não Posso nem Quero (2014). O novo livro de Lydia Davis, Our Strangers, é publicado em Outubro de 2023.
Helen DeWitt
Helen DeWitt (1957, Maryland) vive actualmente em Berlim. O seu romance de estreia, O último samurai (2000), foi publicado em português e em numerosos idiomas. Também é autora do romance Lightning Rods (2011), do livro de contos Some Trick (2018) e da novela The English Understand Wool (2022).
Philip K. Dick
Nasceu em Chicago, em 1928, e é um dos mais reconhecidos escritores de ficção científica do século XX. Estudou na Universidade da Califórnia, mas desistiu para se dedicar a uma intensa actividade de publicação de contos em revistas e colectâneas pulp. Afirmou‑se definitivamente como escritor ao receber o Prémio Hugo, em 1963, pelo livro «O Homem do Castelo Alto», e alguns dos seus títulos estiveram na origem de grandes sucessos do cinema, como «Blade Runner» ou «Relatório Minoritário». «Exegese», o diário de oito mil páginas de onde se extraem os excertos publicados nesta revista, não está traduzido em português. Morreu em Santa Ana, em 1982.
José Riço Direitinho
Nasceu em Lisboa, em 1965. É licenciado em Agronomia. Publicou dois romances — «Breviário das Más Inclinações» e «O Relógio do Cárcere» — e três livros de contos — «A Casa do Fim», «Histórias com Cidades» e «Um Sorriso Inesperado». Está traduzido em várias línguas. Escreveu em vários jornais e revistas. Actualmente, colabora com o Ípsilon (suplemento do «Público») e com a revista LER.
Ricardo Domeneck
Nasceu em Bebedouro, São Paulo, em 1977. Publicou oito livros de poesia, entre os quais «Ciclo do amante substituível» (2012) e «Medir com as próprias mãos a febre» (2015). Em prosa, lançou «Manual para melodrama» (2016) e «Sob a sombra da aboboreira» (2017). Foi co‑editor da revista «Modo de Usar & Co.» (2007‑2017). Vive e trabalha em Berlim.
Álvaro Domingues
Nasceu em Melgaço, em 1959. É geógrafo e professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Publicou, entre outros, os livros «Cidade e Democracia» (2006), «A Rua da Estrada» (2009), «Vida no Campo» (2012) e «Volta a Portugal» (2016). Com Nuno Portas e João Cabral, é co‑autor de «Políticas Urbanas» I e II (2003 e 2014). Escreve regularmente no jornal «Público» e publica sobre temas de geografia de Portugal, paisagem e urbanização.
Clara Drummond
Clara Drummond nasceu no Rio de Janeiro em 1986. É jornalista e escritora. Vive actualmente em Lisboa, tendo publicado os romances A festa é minha e eu choro se eu quiser, A realidade devia ser proibida e Os coadjuvantes.
António Júlio Duarte
Nasceu em Lisboa, em 1965. Estudou no Ar.Co, em Lisboa, e no Royal College of Art, em Londres. Expõe regularmente desde 1990 e é autor de nove livros, dos quais se destacam «White Noise» e «Japan Drug». Nos últimos anos destacam-se as exposições individuais Mercúrio (Galeria Zé dos Bois); António Júlio Duarte (Galeria Pedro Alfacinha); Suspension of Disbelief (Centro de Artes Visuais de Coimbra); White Noise (Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes); América (Galeria Pedro Alfacinha).
Pedro Eiras
Nasceu no Porto, em 1975. É autor de livros de ficção («Bach», «Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa», «A Cura»), teatro («Um Forte Cheiro a Maçã», «Uma Carta a Cassandra», «Um Punhado de Terra», «Bela Dona») e ensaio («Esquecer Fausto», «Tentações», «Os Ícones de Andrei», «Constelações», «Platão no Rolls-Royce»), e de outros textos difíceis de catalogar. Os seus livros estão publicados em França, na Roménia e no Brasil. As suas peças de teatro foram encenadas numa dezena de países. É professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Mateo García Elizondo
Mateo García Elizondo nasceu no México, em 1987. Estudou Literatura, Escrita Criativa e Jornalismo em Inglaterra. Escreveu o argumento da longa‑metragem Desierto, premiada no Festival de Toronto em 2015. É autor de contos e ensaios. Publicou o romance Una cita con la Lady (Prémio Cidade de Barcelona para Literatura em Castelhano, 2019; sem edição em português).
Mathias Énard
Nasceu em 1972, em França, e vive em Barcelona. Escreveu nove romances, dois dos quais estão publicados em Portugal: «Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes» e «Zona». Galardoado com vários prémios literários, recebeu em 2015 o Prémio Goncourt, atribuído ao romance «Boussole».
Kalaf Epalanga
Nasceu em Benguela, em 1978. É músico e escritor. É membro da banda Buraka Som Sistema e foi cronista do jornal Público, da revista GQ Portugal e do portal Rede Angola. Escreve actualmente para a revista Quatro Cinco Um. Publicou em 2017 Também os Brancos Sabem Dançar, o seu romance de estreia.
Louise Erdrich
Nasceu em 1954, no Minnesota, e cresceu na Dakota do Norte (EUA). É autora de romances, poesia e livros para crianças, e é uma das mais conceituadas escritoras nativo-americanas, pertencendo à tribo dos Chippewa. Vários dos seus livros estão publicados em Portugal e no Brasil, sendo o mais recente «A Casa Redonda».
João Fazenda
Nasceu em Lisboa, em 1979. Vive e trabalha entre Lisboa e Londres. É ilustrador desde 1999, colaborando com diversos jornais e revistas nacionais e internacionais, e expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro. Ilustra livros para crianças, é autor de banda desenhada, desenha cartazes de cinema e capas de discos. Recebeu em 2007 o Grande Prémio Stuart de Desenho de Imprensa para a melhor ilustração da imprensa portuguesa e em 2015 o Prémio Nacional de Ilustração.
Ricardo Felner
Português nascido em Maputo, em 1976, tem dois filhos e é jornalista. Trabalhou no jornal «Público» e na revista «Sábado». Publicou dois livros sobre imigração em Portugal, editados pela Fundação Calouste Gulbenkian. A estreia na ficção aconteceu com o romance «Herói no Vermelho». É autor do blogue gastronómico «O homem que comia tudo».
James Fenton
Nasceu em 1949, em Inglaterra. Notabilizou-se como repórter em cenários de guerra. É autor de relatos sobre o Camboja e o Vietname já considerados clássicos do jornalismo moderno e compilados no livro «All the Wrong Places». Iniciou-se como colunista político na «New Statesman», ao lado de figuras como Julian Barnes, Martin Amis e Christopher Hitchens, que lhe dedica um capítulo do seu livro Hitch-22. Além de jornalista e crítico literário é também um poeta premiado.
Susana Ferreira
Nasceu em Toronto (Canadá), numa família de origem portuguesa. Estudou em Nova Iorque e em Paris. É escritora, jornalista freelance e produtora de rádio. Viveu e trabalhou em todo o mundo, mas entre 2010 e 2014 esteve baseada na República do Haiti.
António Mega Ferreira
António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, 1949. É escritor e gestor. Foi jornalista profissional durante duas décadas. Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo’98 e a representação portuguesa na Feira do Livro de Frankfurt de 1997. Foi presidente do Centro Cultural de Belém (2006‑2012) e director executivo da AMEC/Metropolitana (2013-2019). Publicou cerca de quarenta livros, entre ficção, ensaio, poesia e crónicas, sendo o mais recente Desamigados (2021).
Luísa Ferreira
Nasceu em 1961. Trocou o curso de Geografia pelo de Fotografia e começou a fotografar profissionalmente em meados dos anos 80. Em 1989, integrou a equipa de fotojornalistas fundadores do «Público». Interrompeu a actividade diária de fotojornalista em 1998, depois de ter passado também pela Associated Press. Expõe individualmente com regularidade desde 1989, desenvolvendo projectos pessoais e trabalhos por encomenda.
Tiago Ferro
Tiago Ferro nasceu em São Paulo, em 1976. É um dos fundadores da editora e‑galáxia e da revista de ensaios Peixe‑elétrico. É colaborador do jornal Folha de S. Paulo e das revistas piauí, Serrote e Suplemento Pernambuco. O seu romance de estreia, O Pai da Menina Morta, publicado no Brasil, Portugal, Colômbia e Argentina, ganhou o Prémio Jabuti e o Prémio São Paulo de Literatura.
Orlando Figes
Orlando Figes nasceu em Londres em 1959. É historiador, professor universitário e um dos maiores especialistas mundiais em História da Rússia. Autor de vários livros premiados, em português estão publicados A Tragédia de Um Povo: A Revolução Russa, 1891‑1924; Sussurros: A vida privada na Rússia de Estaline; Uma História Cultural da Rússia; e Crimeia.
Isabela Figueiredo
Isabela Figueiredo (1963, Lourenço Marques — Maputo) é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses, e especializou‑se em Estudos sobre as Mulheres. Foi jornalista e professora de português. Publicou Caderno de Memórias Coloniais (finalista do Prémio Femina Estrangeiro), A Gorda (Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues) e Um Cão no Meio do Caminho. Os seus livros estão publicados em França, Itália, Alemanha, Espanha, Eslováquia e Brasil.
Reginaldo Pujol Filho
Reginaldo Pujol Filho nasceu em Porto Alegre em 1980. É autor de quatro livros, entre os quais Não, não é bem isso e Só faltou o título. Doutorado em Escrita Criativa, tem narrativas publicadas nos EUA, em Portugal e em Espanha, e é curador da Coleção Gira, da editora Dublinense.
Giles Foden
Nasceu em 1967, em Warwickshire, Inglaterra, e cresceu no Malawi. Escreveu quatro romances. O mais célebre é «O Último Rei da Escócia», vencedor de vários prémios literários (Whitbread First Novel Award, Somerset Maugham Award, entre outros) e do qual se extraiu o conto «O banquete do Idi».
Rodolfo Fogwill
Rodolfo Fogwill (1941‑2010) foi sociólogo, professor, publicitário e um dos grandes escritores argentinos da sua geração. Publicou sete livros de poemas, dezenas de contos e onze romances, entre eles Los pichiciegos, publicado no Brasil. Em 2003, recebeu uma Bolsa Guggenheim e, em 2004, o Prémio Nacional de Literatura da Argentina. Está publicado em alemão, hebraico, francês, inglês, italiano, croata e mandarim.
Ho Sok Fong
Nasceu na Malásia e está a fazer um doutoramento em Literatura Chinesa na Universidade de Singapura. É autora de duas colectâneas de contos, «Maze Carpet» e «Lake Like a Mirror», e recebeu em 2016 uma bolsa da Fundação Nacional de Cultura e Artes da Tailândia para escrever o seu primeiro romance. Não está publicada em português.
Manuel S. Fonseca
Manuel S. Fonseca nasceu em Vale de Madeira, Pinhel, em 1953. Teve infância e adolescência de sonho e aventura em África, mais exactamente em Luanda.
Regressado a Portugal, em 1977, fez Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa e foi agraciado com dez anos a ver filmes e a escrever na Cinemateca Portuguesa. Depois, fez televisão, produziu filmes e documentários. Fundou duas editoras em Portugal, uma no século XX, a Três Sinais, outra no século XXI, a Guerra e Paz. Escreve para jornais desde 1981 e é autor de vários livros.
Aminatta Forna
Nasceu na Escócia, em 1964, mas cresceu entre a Serra Leoa e o Reino Unido. Professora de escrita criativa na Universidade de Bath Spa, é autora de vários romances, nomeadamente «Jardim de Mulheres», o único publicado em Portugal. De entre os vários prémios literários com que já foi reconhecida, destacam‑se o Commonwealth Writers Prize para «The Memory of Love», e o Windham‑Campbell Literature Prize para ficção, atribuído pela Universidade de Yale. É colaboradora regular do «Observer», do «Independent» e do «Sunday Times». Vive entre Inglaterra e a Serra Leoa.
Jon Fosse
Jon Fosse nasceu em Haugesund, na Noruega, em 1959. É autor de mais de trinta livros, traduzidos em dezenas de línguas. É um dos dramaturgos vivos mais encenados em todo o mundo. Em 2007, foi condecorado pela Ordem Nacional de Mérito francesa, e em 2010 recebeu o Prémio Internacional Ibsen. Vários dos seus livros estão publicados em português.
Adam Foulds
Nasceu em Londres, em 1974. É poeta e romancista. Recebeu vários prémios literários, incluindo o Costa Poetry Prize. Publicou, mais recentemente, o romance Dream Sequence. O Labirinto Vertiginoso, publicado em Portugal, foi nomeado para o Man Booker Prize e distinguido, em 2011, com o Prémio da União Europeia para a Literatura.
Ruth Franklin
Ruth Franklin nasceu em Baltimore, nos EUA. É crítica literária e editora. Estreou‑se com o livro A Thousand Darknesses: Lies and truths in Holocaust fiction. Venceu o National Book Critics Circle Award com a biografia Shirley Jackson: A rather haunted life (2016). Colabora regularmente com The New Yorker, The New York Times Book Review, The New York Review of Books. Não está publicada em português.
Jonathan Franzen
Nasceu no Illinois, EUA, em 1959. Em 1996, foi considerado pela Granta um dos melhores novos escritores americanos. É autor de cinco romances, dois volumes de ensaios e um de memórias. Em Portugal, estão disponíveis «Correcções» - vencedor do National Book Award, do Salon Book Award, do James Tait Black Memorial Prize, e finalista do Pulitzer, do PEN/Faulkner Award e do National Book Critics Circle Award for Fiction —, «Liberdade», «A Zona de Desconforto» e «Purity».
Francisco Frazão
Francisco Frazão nasceu em Lisboa, em 1978. É o director artístico do Teatro do Bairro Alto, teatro municipal de Lisboa dedicado à experimentação. De 2004 a 2017 foi programador de teatro da Culturgest e ali dirigiu também o projecto PANOS (de nova dramaturgia e teatro juvenil). De 2000 a 2004 integrou a Comissão de Leitura dos Artistas Unidos. Tem escrito e dado aulas sobre teatro, cinema e literatura. Traduziu, entre outros, Beckett, Pinter, Tim Crouch, Chris Thorpe, Annie Baker, Dennis Kelly e Zinnie Harris.
Aline Frazão
Aline Frazão nasceu em Luanda, em 1988. É cantora, compositora e produtora musical. Lançou quatro álbuns de originais e é autora da banda sonora do filme Ar Condicionado (2020). É licenciada em Ciências da Comunicação e faz parte do colectivo de mulheres angolanas Ondjango Feminista. Vive em Luanda.
Julián Fuks
Nasceu em São Paulo, em 1981, filho de pais argentinos. Em 2012, foi incluído pela Granta na lista dos melhores jovens escritores brasileiros. O seu romance «A Resistência», publicado em Portugal, recebeu o Prémio Jabuti de romance (2016) e o
Prémio Literário José Saramago (2017).
João Gambino
Trabalha desde 2005 em cinema, teatro, publicidade e produções institucionais. Foi o director de fotografia das curtas‑metragens «Valsinha» (2013), de Miguel Carranca, «Candy Riot» (2011), de David Tutti dos Reis, e de vários vídeoclips. Em teatro, trabalhou como desenhador de luz e operador de câmara nos espectáculos «Enquanto Vivermos» (2012), de Pedro Gil, e «Os Dias São Connosco» (2012), de Raquel Castro.
José Gardeazabal
Nasceu em Lisboa. O seu primeiro livro, «história do século vinte» (2016), venceu o Prémio INCM/Vasco Graça Moura de poesia. No mesmo ano, publicou «Dicionário de Ideias Feitas em Literatura». Estreou-se na escrita de teatro com «Trilogia do Olhar» (2017) e no romance com «Meio Homem Metade Baleia» (2018). Faz parte do projecto CELA — Connecting Emerging Literary Artists, que integra escritores, tradutores e profissionais literários europeus.
Margarida Vale de Gato
Nasceu em Vendas Novas, em 1973. É escritora, tradutora e professora e investigadora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Publicou os livros de poesia «Lançamento» (2016) e «Mulher ao Mar» (2010), que já teve as edições aumentadas «Mulher ao Mar Retorna» (2013) e «Mulher ao Mar e Grinalda» (2018). Para teatro, escreveu, com Rui Costa, a peça «Desligar e Voltar a Ligar» (2011).
Luisa Geisler
Nasceu em Canoas (Rio Grande do Sul, Brasil), em 1991. Venceu o Prémio SESC de Literatura com o seu livro de estreia, «Contos de Mentira». Foi finalista dos prémios Jabuti e Machado de Assis. Publicou três romances, o mais recente dos quais é «De Espaços Abandonados» (2018). Tem livros e contos publicados em mais de uma dezena de países. Em 2012, foi incluída pela Granta na lista dos vinte melhores jovens escritores brasileiros.
Martha Gellhorn
Nasceu em St. Louis, Missouri, em 1908. É considerada uma das mais importantes correspondentes de guerra do século XX: cobriu a guerra civil espanhola, a ascensão de Hitler ao poder e foi um dos primeiros jornalistas a entrar no campo de concentração de Dachau, após a libertação. Esteve também na Guerra do Vietname e na cobertura da Guerra dos Seis Dias, bem como em diversos conflitos na América Latina. Foi casada com Ernest Hemingway. Morreu em Londres, em 1998.
Jen George
Nasceu na Califórnia e vive em Nova Iorque. Colabora como ficcionista em várias revistas – «Harper´s», «BOMB», «Paris Review» – e também já trabalhou como actriz e realizadora. Em 2016, lançou o seu primeiro livro, «The Babysitter at Rest». Não está publicada em Portugal.
Masha Gessen
Masha Gessen nasceu em Moscovo em 1967. É jornalista e activista. Trabalhou na Rússia mais de vinte anos e actualmente vive em Nova Iorque, colaborando com a revista The New Yorker. O seu livro The Future is History: How totalitarianism reclaimed Russia foi distinguido com o National Book Award em 2017. Em português estão publicados Putin: A face oculta do novo czar; Palavras Quebrarão Cimento; e As Duas Babushkas: Como as minhas avós sobreviveram à guerra de Hitler e à paz de Estaline.
John Giorno
John Giorno (1936‑2019) foi um poeta e artista nova‑iorquino. Alcançou a fama ao protagonizar o filme Sleep (1964), de Andy Warhol. Em 1965, fundou um projecto de divulgação de poesia através de novas tecnologias, organizando o evento Dial‑A‑Poem, que teve grande sucesso no MoMA, em 1970, e deu origem a discos com gravações de artistas como William S. Burroughs, John Ashbery, Patti Smith, Laurie Anderson ou Robert Mapplethorpe. Em 2020, foi editado postumamente o livro de memórias Great Demon Kings . Não está publicado em português.
Janine Di Giovanni
Nasceu em Caldwell (EUA), e trabalha há 25 anos como jornalista de guerra. Editora para o Médio Oriente da «Newsweek», tem colaborado com vários jornais e revistas, é consultora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e recebeu dois prémios da Amnistia Internacional. Em Portugal está publicado «Testemunha da Loucura: A Tragédia dos Balcãs como Nunca Ninguém a Descreveu». O seu livro mais recente é «The Morning They Came For Us», sobre a Síria.
Paulo Varela Gomes
Paulo Varela Gomes (1952-2016) foi professor dos ensinos secundário e superior até se reformar em 2012, autor de artigos e livros da sua área de especialidade (História da Arquitectura e da Arte), colaborador e cronista permanente de vários jornais e revistas, designadamente do «Público», autor e apresentador de documentários de televisão. Escreveu o livro de crónicas «Ouro e Cinza» e os romances «O Verão de 2012», «Hotel» (Prémio PEN Narrativa 2015), «Era Uma Vez em Goa» e «Passos Perdidos».
Catarina Gomes
Catarina Gomes nasceu em Lisboa em 1975. É autora de três livros de não ficção: Coisas de Loucos (2020), Furriel Não É Nome de Pai (2018) e Pai, Tiveste Medo? (2014). Jornalista do Público durante quase vinte anos, as suas reportagens receberam alguns dos prémios nacionais mais importantes da área. A nível internacional, foi duas vezes finalista do Prémio de Jornalismo Gabriel García Márquez e recebeu o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha.
Luísa Costa Gomes
Nasceu em Lisboa, em 1954. Publicou romances, colecções de contos, peças de teatro e crónicas. Foi editora da revista Ficções (2000‑2010). Vários dos seus livros receberam prémios: Pequeno Mundo, Prémio D. Dinis; Olhos Verdes, Prémio Máxima de Literatura; Contos Outra Vez, Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco; Ilusão (Ou o Que Quiserem), Prémio PEN Clube de Novelística / Prémio Fernando Namora; Cláudio e Constantino, Grande Prémio de Literatura DST.
Inês Gonçalves
Inês Gonçalves (1964, Málaga) é fotógrafa e autora de vários projectos de realização documental e editorial. Vive em Lisboa e colabora com a imprensa desde 1988. A partir de 2005 concebeu vários filmes documentais centrados nas temáticas das migrações e da identidade cultural. Na última década, viveu em São Tomé e Príncipe, desenvolvendo um intenso trabalho sobre o «Tchiloli». Publicou livros como GOA — História de um Encontro (2001, co-autoria com Catarina Portas), Agora Luanda (2007, co-autoria com Kiluanje Liberdade) e 88-98 (2023).
Nadine Gordimer
Nasceu na África do Sul, em 1923. Contemplando romances, contos, obras de não‑ficção e uma peça de teatro, a extensíssima obra de Gordimer foi galardoada com o Prémio Nobel da Literatura em 1991. Com «The Conservationist», Gordimer vencera já o Man Booker Prize. A sua obra está traduzida em diversas línguas, e em português encontram‑se, por exemplo, «Um Mundo de Estranhos», «A Arma da Casa» e «Vem Comigo». Morreu em 2014.
Alex Gozblau
É autor de trabalhos regulares de ilustração para a imprensa desde 1997. Tem também trabalho em pintura, banda desenhada, cinema de animação, publicidade, cartazes, capas de livros e discos, design gráfico, argumento, bandas sonoras, teatro e rádio. Em 2009, recebeu o Grande Prémio Stuart de Desenho de Imprensa.
Simon Gray
Nasceu em Inglaterra, em 1936. Distinguiu­‑se sobretudo como dramaturgo e argumentista, tendo escrito cerca de 40 peças de teatro, guiões televisivos e argumentos para cinema. Publicou cinco romances e oito volumes de memórias e diários. Em 2004, recebeu a Ordem de Comandante do Império Britânico, pelo seu contributo para o teatro e a literatura. Morreu em 2008.
António Gregório
Nasceu em Leiria, em 1970. Publicou a colectânea de poemas «American Scientist» e a novela «O Condómino».
Regina Guimarães
Nasceu no Porto, em 1957. É escritora. A par dos seus poemas, publicados por editoras marginais, tem desenvolvido actividade nas áreas da tradução, da canção, da educação pela arte, das artes do palco e das artes visuais. Foi docente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo e na Escola Superior de Artes e Design. Vive e trabalha com Saguenail desde 1975.
Caspar Henderson
Caspar Henderson (1963, Oxford) é escritor e jornalista, tendo-se distinguido e recebido vários prémios de imprensa nas áreas da energia, da ciência, do ambiente e dos direitos humanos. É autor dos livros The Book of Barely Imagined Beings (2013), A New Map of Wonders (2017) e A Book of Noises (2023).
Alan Hollinghurst
Nasceu em 1954, em Inglaterra. Escreveu cinco romances, três dos quais estão traduzidos e publicados em Portugal: «A Linha da Beleza» (Prémio Man Booker), «A Biblioteca da Piscina» (Prémio Somerset Maugham) e «O Filho do Desconhecido».
Marta Hugon
Marta Hugon (1971, Lisboa) é mais conhecida pela sua voz e presença na
cena jazzística nacional. Esta é a sua estreia no domínio da ficção, com o
primeiro conto de um livro em que está a trabalhar. Tem cinco discos em nome próprio e várias colaborações como cantora e compositora. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, escreve para publicidade, é professora na Escola de Jazz Luís Villas Boas e co‑criadora do projeto a três vozes «Elas e o Jazz».
Siri Hustvedt
Nasceu no Minnesota, em 1955. É autora de vários livros, traduzidos em dezenas de línguas. Em Portugal estão disponíveis, entre outros, «De Olhos Vendados», «Elegia Para Um Americano» e «Verão Sem Homens». Acaba de publicar um novo romance, «The Blazing World». Vive em Nova Iorque.
Michael Ignatieff
Michael Ignatieff nasceu no Canadá, em 1947. É escritor e historiador. Publicou três romances, entre os quais Scar Tissue (seleccionado para o Prémio Booker, 1994), e vários livros de ensaio, como The Needs of Strangers, The Russian Album (Prémio Heinemann da Royal Society of Literature, 1988) e Isaiah Berlin: Uma Vida (com edição brasileira). É reitor da Central European University, em Viena e Budapeste.
Kazuo Ishiguro
Nasceu em 1954, no Japão. Vive desde os cinco anos em Inglaterra e tornou-se cidadão britânico em 1982. Escreve em inglês e foi nomeado por quatro vezes para o Man Booker, prémio que obteve em 1989 com o romance «Os Despojos do Dia». Foi eleito pela Granta um dos Melhores Jovens Romancistas Britânicos em 1983 e, de novo, em 1993.
Adelaide Ivánova
Adelaide Ivánova nasceu no Recife, em 1982. É poeta e organizadora comunitária pernambucana. Em 2018 ganhou o Prémio Rio de Literatura pelo seu quinto livro, O Martelo, publicado no Brasil, Portugal, EUA, Reino Unido, Alemanha, Argentina e Grécia, e nomeado para os prémios Derek Walcott e National Translation. Trabalha na sucursal da revista Jacobin em Berlim, onde vive desde 2011.
Pico Iyer
Nasceu em 1957, em Inglaterra, tem ascendência indiana e vive no Japão. É ensaísta e ficcionista, autor de treze livros, entre romances, narrativas de viagens e ensaios. A sua obra não está publicada em Portugal.
Howard Jacobson
Nasceu em Manchester, em 1942. É jornalista e escritor, tendo‑se notabilizado pela sua veia humorística. Publicou 13 romances e cinco livros de não‑ficção. O único romance disponível em português é «A Questão Finkler», que venceu o Man Booker Prize em 2010.
Fleur Jaeggy
Fleur Jaeggy nasceu em Zurique, em 1940. É escritora e tradutora. Publicou oito livros de ficção, traduzidos em várias línguas. Vive em Itália há mais de cinquenta anos. I beati anni del castigo recebeu o Premio Bagutta e o Premio Speciale Rapallo. Proleterka foi considerado Melhor Livro do Ano pelo Times Literary Supplement. Nenhum dos seus livros está publicado em português.
Noemi Jaffe
Nasceu em São Paulo, em 1962. É escritora, doutorada em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo e professora de Literatura e Escrita. Escreveu os livros O que os cegos estão sonhando? (2012), Írisz: as orquídeas (2015) e O que ela sussurra (2020). É fundadora do Centro Cultural Literário Escrevedeira.
Claudia Jaguaribe
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1955. É formada em História da Arte, Artes Plásticas e Fotografia pela Universidade de Boston (EUA). O seu trabalho artístico está desde sempre ligado à pesquisa editorial, e já publicou 14 livros. A sua obra está representada em diversos museus e colecções brasileiras e internacionais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, Victoria & Albert Museum (Londres) ou Maison Européene de la Photographie (Paris).
Sousa Jamba
Nasceu em 1966, em Angola. Fugindo à guerra civil, refugiou-se na Zâmbia (1976-1984). Aqui estudou em inglês, a mesma língua em que iniciaria a sua produção literária. Antes de rumar ao Reino Unido em 1986, com uma bolsa para estudar jornalismo, trabalhou em Angola como repórter da Unita. Em 1992 publicou «Patriotas», aclamado romance autobiográfico. Publicou ainda «On the Banks of Zambezi» e «Confissão Tropical». É colaborador da «New Statesman» e do «Spectator».
Délio Jasse
Nasceu em Luanda, em 1980. Aos 18 anos mudou‑se para Lisboa, onde começou a colaborar com vários ateliês de serigrafia. Aqui teve o primeiro contacto com as diferentes técnicas de impressão, de entre as quais se destacou a fotografia. Recebeu em 2009 o Prémio ANTECIPARTE. A partir daí a sua obra foi alvo de crescente reconhecimento internacional, e participou em residências criativas, apresentando o seu trabalho em várias exposições colectivas e individuais em Portugal, Angola, Brasil, Alemanha e França. Em 2014, foi finalista do prémio BES Photo.
Ha Jin
Nasceu em Liaoning, na China, em 1956, e foi viver para os Estados Unidos em 1984. Escreve em inglês. Recebeu duas vezes o PEN/Faulkner Award (com «Destroços de Guerra» e «À Espera»; este último foi ainda vencedor do National Book Award). Em Portugal estão também publicados «O Noivo» e «Os Alienados». Além de escritor, é professor de Inglês na Universidade de Boston.
João Miguel Fernandes Jorge
João Miguel Fernandes Jorge nasceu no Bombarral, em 1943. Não escreve segundo o novo acordo ortográfico.
Lídia Jorge
Publicou o livro de estreia, «O Dia dos Prodígios», em 1980. Desde então, tem escrito romances, contos, teatro e ensaio. Os seus livros estão traduzidos em mais de 20 idiomas e já foram distinguidos com os principais prémios nacionais e com várias distinções internacionais, como o Albatros Prize. Mais recentemente, publicou o romance «Os Memoráveis». «A Costa dos Murmúrios» (1988) foi adaptado ao cinema por Margarida Cardoso.
Nuno Júdice
Nasceu na Mexilhoeira Grande, em 1949. Formou‑se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. É professor na Universidade Nova de Lisboa. Foi conselheiro cultural e director do Instituto Camões em Paris. Poeta, ficcionista e ensaísta, recebeu em 2013 o Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero‑Americana. Dirige a revista «Colóquio‑Letras», da Fundação Calouste Gulbenkian.
Itamar Vieira Junior
Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador da Bahia, em 1979. É escritor. Publicou as colectâneas de contos Dias (2012) e A Oração do Carrasco (2017), finalista do Prémio Jabuti de Literatura. Tem contos traduzidos em francês, inglês e espanhol. O seu mais recente trabalho é o romance Torto Arado, vencedor do Prémio Leya em 2018.
Sandro William Junqueira
Nasceu em Umtali, antiga Rodésia, em 1974. Experimentou a música, a escultura e a pintura. Foi designer gráfico. É criador de inúmeros projectos de promoção do livro e da leitura. Trabalha regularmente no teatro como actor e encenador. Publicou «O Caderno do Algoz», «Um Piano para Cavalos Altos» e «No Céu Não Há Limões». Escreveu a peça «Os Anjos Tossem Assim» para o projecto PANOS, na Culturgest, em 2013/14.
Han Kang
Nasceu em Gwangju, na Coreia do Sul, em 1970. Estudou Literatura Coreana e trabalhou como jornalista para várias publicações. O seu romance de estreia, «A Vegetariana», foi distinguido com o prémio Man Booker International em 2016. Em Portugal está ainda publicado o livro «Atos Humanos».
Ryszard Kapuscinski
Nasceu na Polónia, em 1932. Foi um dos mais importantes jornalistas do século XX, e trabalhou como repórter e correspondente em cerca de 50 países. Testemunhou 27 revoluções, esteve em 12 frentes de guerra e foi condenado à morte quatro vezes. O seu primeiro livro, «Busz po polsku» («O Arbusto Polaco») foi publicado em 1962, e desde então escreveu mais de 20 obras, entre as quais «O Imperador», «Andanças com Heródoto» e «Os Cínicos Não Servem para Este Ofício». Escreveu para dez números da Granta. Morreu em 2007.
Mieko Kawakami
Nasceu em 1976, em Osaka, no Japão. Escreveu mais de uma dezena de livros, entre romance, novela, poesia e ensaio. Distinguida com os mais importantes prémios literários no Japão, a sua obra está traduzida em diversas línguas. Não está publicada em Portugal.
A.L. Kennedy
A.L. Kennedy nasceu em Dundee, na Escócia, em 1965. É escritora, académica e comediante. Foi incluída na lista dos melhores jovens romancistas britânicos da revista Granta, em 1993. Recebeu o Somerset Maugham Award, o Costa Book Award e o Heinrich Heine Prize, entre outras distinções. Publicou vários livros, entre romances, contos e ensaios, três dos quais saíram em Portugal. Mais recentemente, foi publicado We Are Attempting to Survive Our Time (2020).
Martin Kimani
É natural do Quénia, país que actualmente representa a nível internacional, enquanto diplomata. Doutorado pelo King’s College em Estudos de Guerra, é professor associado na mesma instituição. Colaborador frequente de jornais como o «Guardian», encontra‑se actualmente a trabalhar num livro sobre catolicismo e genocídio no Ruanda. Vive entre Londres e Washington.
Frederico Klumb
Frederico Klumb (1990, Rio de Janeiro) é escritor e pesquisador e publicou, entre outros livros, Cinema circular (poesia, 2018), Bichos contra a vontade (poesia, 2019) e Rua Maravilha Tristeza (contos, 2022).
Lucia Koch
Nasceu em Porto Alegre, em 1966. É escultora e fotógrafa, com um doutoramento pela Universidade de São Paulo. Participou nas bienais de Pontevedra, Porto Alegre, Istambul, São Paulo, Bienal das Américas, em Denver, e Aichi Triennale, em Nagoya. Já expôs individualmente no Brasil e na Europa. O seu trabalho está representado nas colecções do Museu de Arte Moderna de São Paulo, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do ItaúCultural, da Fundación ARCO (Espanha) e da Universidade de Warwick (Reino Unido), entre outras.
Milan Kundera
Nasceu em Brno, na antiga Checoslováquia, em 1929, e tem nacionalidade francesa desde 1981. Autor de romances, ensaios e poesia, a sua obra mais consagrada é «A Insustentável Leveza do Ser» (1984). Tem dezenas de livros publicados em Portugal: «O Livro do Riso e do Esquecimento», «Jacques e o Seu Amo», «A Valsa do Adeus», «A Arte do Romance», «A Festa da Insignificância», entre outros.
Hari Kunzru
Nasceu no Essex (Inglaterra), em 1969. Estudou Filosofia e Literatura e colaborou como jornalista em várias publicações: «Wired», «Guardian», «Economist» e «London Review of Books». O seu primeiro romance, «O Impressionista», foi publicado em Portugal, enquanto o mais recente, «Deuses sem homens», foi publicado no Brasil. É também autor dos livros «Transmission» e «My Revolutions».
Catherine Lacey
Catherine Lacey nasceu em Tupelo, EUA, em 1985. É autora de quatro livros de ficção, sendo o mais recente o romance Pew (2020). Foi incluída na lista dos melhores jovens romancistas norte‑americanos da revista Granta, em 2017. Recebeu o Whiting Award e foi bolseira da Fundação Guggenheim e da New York Foundation for the Arts. Não está publicada em português.
John le Carré
Nasceu em Pole, Dorset, em 1931. É um prolífero autor de romances de espionagem e foi agente dos serviços secretos britânicos. Conheceu o êxito com O Espião Que Saiu do Frio (1963) e vários dos seus livros foram adaptados ao cinema e à televisão. Recebeu o Somerset Maugham Award e o Olof Palme Prize. A sua obra está extensamente publicada em português.
Ana Cristina Leonardo
Nasceu em Olhão, em 1959. Estudou Filosofia, trabalhou na (antiga) Assírio & Alvim e frequentou as áreas de jornalismo cultural, viagens e moda. É autora do romance «O Centro do Mundo» (2018), e antes disso publicou «Diário do Farol: a ilha, a cadela e eu» (fotografias de Maria Leonardo, 2016) e o livro infantil «Joaninha, a menina que não queria ser gente» (ilustrações de Álvaro Rosendo, 2008). Assina uma crónica semanal no «Expresso».
Doris Lessing
Doris Lessing (Kermanshah, 1919 – Londres, 2013) escreveu mais de vinte romances, além de contos, poesia, teatro e não ficção. Recebeu em 2007 o Prémio Nobel da Literatura, foi galardoada com o Prémio Príncipe das Astúrias, o Prix Médicis, o Somerset Maugham Award e várias outras distinções. Está publicada em dezenas de línguas, entre as quais o português.
Jonathan Lethem
Jonathan Lethem nasceu em Nova Iorque, em 1964. É ficcionista, autor de mais de uma dezena de romances e de cinco livros de contos. Recebeu em 1999 o Prémio National Book Critics Circle, atribuído a Brooklyn sem Pai nem Mãe, publicado no Brasil, onde também se encontra traduzido A Fortaleza da Solidão. Em Portugal, apenas está publicado o livro Tu Ainda Não Gostas de Mim.
Tatiana Salem Levy
Nasceu em 1979, em Lisboa, e cresceu no Rio de Janeiro. Doutorou-se em Letras na PUC-Rio. O seu romance «A Chave de Casa» venceu o Prémio São Paulo de Literatura 2008 (Melhor Livro de Autor Estreante) e foi finalista dos prémios Jabuti e Zaffari & Bourbon. Seguiram-se «Dois Rios» e «Paraíso», além dos livros infantis «Curupira Pirapora» e «Tanto Mar», ambos premiados. Foi incluída pela Granta na lista dos vinte melhores novos escritores brasileiros.
Eugene Lim
É um escritor americano, editor e fundador da Ellipsis Press. Trabalha como bibliotecário na Hunter College High School. Colabora com revistas como «Fence», «Little Star» e «Dazed». Tem três romances publicados, o mais recente em 2017, intitulado «Dear Cyborgs». Não está publicado em português.
Rita Lino
Nasceu em Portugal, em 1986. As suas fotografias exprimem uma obsessão natural com o eu, usando o auto-retrato e o corpo como matéria primordial. Publicou dois livros de fotografia — «All the Lovers» (2013) e «Enteartete» (2014) — e apresentou o seu trabalho internacionalmente. Colabora com diversos projectos e iniciativas além-fronteiras, e o seu trabalho tem vindo a ser publicado em revistas internacionais.
Adriana Lisboa
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1970. Ficcionista e poeta, é autora, entre outros livros, dos romances «Sinfonia em Branco» (Prémio José Saramago), «Um Beijo de Colombina», «Rakushisha», «Azul-corvo» (livro do ano no jornal inglês «Independent») e «Hanói» (livro do ano no jornal «O Globo»). Os seus livros estão publicados em mais de 20 países, e os seus poemas e contos saíram em publicações como «Modern Poetry in Translation», «Asymptote» e «Casa de las Américas».
João Lisboa
João Lisboa é crítico de música do semanário Expresso e professor na Escola Superior de Teatro e Cinema (Formas Sonoras, Estética e Produção de Música para Filmes). Tem o curso de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa. Publicou os livros Nocturnos/Tom Waits, Superstars/Andy Warhol e os Velvet Underground, Anéis de Fumo/Laurie Anderson (compilações e traduções); e Provas de Contacto (1998, colectânea de textos e entrevistas).
André da Loba
Nasceu em Aveiro, em 1979. Formou-se em Ilustração na School of Visual Arts, Nova Iorque. Publicou mais de uma dezena de livros em Portugal, Espanha, Itália e Brasil, e o seu trabalho tem sido reconhecido internacionalmente. Foi considerado pela revista «Lurzer´s Archive», em 2010, como um dos 200 melhores ilustradores do mundo. Colabora regularmente com o «New York Times» e a «Time Magazine», entre outras publicações.
Adília Lopes
Nasceu em 1960, em Lisboa. Frequentou o curso de Física e licenciou-se em Literatura e Linguística Portuguesa e Francesa, na Universidade de Lisboa. «Um Jogo Bastante Perigoso», o livro de estreia, saiu em 1985. A sua poesia foi reunida em «Obra» (2000) e depois em «Dobra» (2009 e 2014). Mais recentemente, escreveu «Manhã» (2017).
Tatiana Macedo
Tatiana Macedo nasceu em Lisboa, em 1981. Trabalha com fotografia, filme, instalação e som. É mestre em Antropologia Visual e licenciada em Belas Artes. Expõe internacionalmente e a sua obra está representada em várias colecções. Recebeu o 1.º Prémio Sonae Media Art, MNAC (2015). Publicou os livros Orientalism and Reverse e What is Unspoken.
Helder Macedo
Nasceu na África do Sul, em 1935. É professor catedrático emérito da Universidade de Londres, King´s College, research fellow da Universidade de Oxford e presidente honorário da Associação Internacional de Lusitanistas. A sua obra inclui poesia, ficção e crítica literária. Recebeu, entre outros, o Grande Prémio de Ensaio Literário da APE e foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Mais recentemente, publicou o romance Tão Longo Amor Tão Curta a Vida (2013) e o ensaio Camões e Outros Contemporâneos (2017).
Robert Macfarlane
Nasceu em Halam, uma pequena povoação inglesa, em 1976. Estudou em Cambridge e em Oxford. Escreveu três livros de viagens, todos premiados, nenhum traduzido em Portugal: «Mountains of the Mind» (Somerset Maugham Award), «The Wild Places» (Scottish Non-Fiction Book of the Year Award e Grand Prize Banff Mountain Festival) e «The Old Ways» (Dolman Best Travel Book Award). O seu livro mais recente é «Landmarks» (2015).
Helena Machado
Helena Machado nasceu no Rio de Janeiro, em 1980. É escritora, argumentista, dramaturga e actriz, formada em Comunicação. É autora das peças Sexton e Aos Peixes e dos argumentos das séries de ficção Tainá e os Guardiões da Floresta e Insônia. O texto aqui publicado faz parte do seu primeiro romance, Memória de Ninguém, ainda inédito.
Samir Machado de Machado
Samir Machado de Machado nasceu em Porto Alegre, em 1981. É escritor e tradutor, tendo publicado no Brasil os romances históricos Quatro Soldados (2013) e Homens Elegantes (2016), este último já com os direitos audiovisuais vendidos, e, mais recentemente, o romance de aventura Tupinilândia (2016) e o infanto-juvenil Piratas à Vista! (2019). Actualmente, frequenta o mestrado em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Giovana Madalosso
Giovana Madalosso nasceu em Curitiba, 1975. É autora do romance Suíte Tóquio (2020), em adaptação para cinema, e ainda de Tudo pode ser roubado (2018, finalista do Prémio São Paulo de Literatura) e A teta racional (2016, finalista do Prémio Biblioteca Nacional). Vive em São Paulo.
Valter Hugo Mãe
Nasceu em Angola, em 1971, tendo chegado a Portugal ainda criança. Poeta, artista plástico e cantor, distingue­‑se sobretudo como romancista. «o nosso reino» foi o seu primeiro romance. Alcançou notoriedade com «o remorso de baltazar serapião», vencedor do Prémio Literário José Saramago 2007. «A Máquina de Fazer Espanhóis» foi distinguido com o Prémio Portugal Telecom 2012 para o melhor romance, e na mesma edição o escritor recebeu o Grande Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.
Ana Paula Maia
Nasceu em Nova Iguaçu, em 1977. Publicou sete romances, entre os quais «De gados e homens» (2013), «Assim na terra como embaixo da terra» (Prémio São Paulo de Literatura 2018) e «Enterre seus mortos» (2018). Os seus livros estão traduzidos em países como França, Itália, Espanha, EUA, Alemanha, Sérvia e Argentina. É guionista de televisão e desenvolve séries dramáticas.
Janet Malcolm
Janet Malcolm (1934, Praga — 2021, Nova Iorque) foi uma conceituada
jornalista americana. Emigrou com a família para os EUA em 1939 e começou a trabalhar na New Yorker em 1963, revista onde ficou até à data da sua morte, passando por diferentes colunas, secções e por vários géneros jornalísticos. Publicou 12 livros, incluindo o póstumo Still Pictures. Em português, encontra‑se O jornalista e o assassino e Nos Arquivos de Freud.
Ernesto Mané
Ernesto Mané (1983, João Pessoa) é doutor em física nuclear pela
Universidade de Manchester e é diplomata de carreira desde 2014. Morou em países como Reino Unido, França, Suíça, Canadá e Estados Unidos da América. Vive atualmente em Washington. O seu primeiro livro, Eu sou o outro do outro (título provisório), será publicado pela Tinta‑da‑china Brasil em 2024.
Alberto Manguel
Alberto Manguel nasceu em Buenos Aires, em 1948. É escritor, tradutor e bibliófilo, com dezenas de livros publicados, entre o romance e a não ficção. Dirigiu a Biblioteca Nacional da Argentina. Viveu na Europa e na América, tendo‑se mudado recentemente para Lisboa, onde será instalado, a partir da sua biblioteca, o Centro de Estudos da História da Leitura. Foi galardoado com o Prémio Formentor das Letras em 2017.
Hilary Mantel
Nasceu em Glossop, Inglaterra, em 1952. Escreveu dez romances. Em Portugal estão publicados «Wolf Hall» e «O Livro Negro». A autora foi amplamente distinguida com prémios: o Booker Prize duas vezes, para «Wolf Hall» e «Bring Up the Bodies»; este último recebeu também dois Costa Awards (Melhor Romance e Livro do Ano); em 2013 recebeu, pelo conjunto da sua obra, o David Cohen Prize.
Greil Marcus
Greil Marcus (1945, São Francisco) é escritor, jornalista e crítico musical. Tem dedicado grande parte dos seus estudos, artigos e ensaios ao papel da música rock na cultura e na sociedade. Deu aulas nas universidades de Berkeley, Princeton, Minnesota e Nova Iorque. É autor de dezenas de livros, sendo o mais recente Folk Music: A Bob Dylan Biography in Seven Songs (2022). Em Portugal, está traduzido Marcas de Baton: Uma história secreta do século XX (1989).
Patrick Marnham
Nasceu em Jerusalém, em 1943, e estudou em Oxford. É jornalista, biógrafo e guionista. Escreveu biografias de Diego Rivera, Georges Simenon e Jean Moulin, entre outras. Foi guionista e repórter de guerra para a BBC, correspondente do «Independent» em Paris e editor de literatura da «Spectator». Os seus livros receberam os prémios Thomas Cook Travel Book Award e Marsh Biography Award. Não está publicado em Portugal.
Susana Moreira Marques
Nasceu no Porto, em 1976, e é escritora e jornalista freelance. Actualmente, é cronista na Antena 1 e colaboradora do «Jornal de Negócios». O seu trabalho tem aparecido em inúmeras publicações nacionais e internacionais, e recebeu vários prémios de jornalismo. O seu primeiro livro, «Agora e na Hora da Nossa Morte» (2012), foi traduzido para inglês e sairá brevemente em francês. Vive em Lisboa.
Rui Cardoso Martins
Nasceu em Portalegre, em 1967. Escreveu quatro romances, nomeadamente «Deixem Passar o Homem Invisível» (Grande Prémio APE 2009). As crónicas reunidas nos volumes «Levante-se o Réu» e «Levante-se o Réu Outra Vez» foram distinguidas com o Grande Prémio de Crónica APE e com dois prémios Gazeta de jornalismo. Foi co-autor dos programas de televisão «Contra-Informação» e «Herman Enciclopédia» e dos espectáculos teatrais «Conversa da Treta» e «António e Maria». Escreveu o guião dos filmes «Zona J» e «Em Câmara Lenta». Está traduzido em diversas línguas.
Ana Matoso
Ana Matoso nasceu em Lisboa em 1974. Doutorou‑se em Teoria da Literatura, com uma tese sobre Tolstói e Wittgenstein. É professora auxiliar convidada na Universidade Católica Portuguesa e investigadora do seu Centro de Estudos de Comunicação e Cultura. É também tradutora literária (Eudora Welty, Rachel Cusk, George Steiner e Nadejda Mandelstam, entre outros).
Aoko Matsuda
Aoko Matsuda nasceu em Hyogo, no Japão, em 1979. É ficcionista e tradutora. O seu primeiro livro, cujo título em inglês é Stackable, foi nomeado para o Prémio Yukio Mishima em 2013. Não está publicada em português. O conto incluído na GRANTA em Língua Portuguesa 4 foi nomeado para o Prémio Shirley Jackson em 2019.
Todd McEwen
Todd McEwen nasceu na Califórnia, em 1953. Estudou em Nova Iorque. Trabalhou no teatro e na rádio. Em 1981, mudou-se para a Escócia, onde escreveu o seu primeiro livro, Fisher’s Hornpipe. Depois deste, publicou mais quatro romances e uma colectânea de ensaios. Foi editor da Granta e professor de Escrita Criativa na Universidade de Kent. Não está publicado em português. O conto incluído na GRANTA em Língua Portuguesa 4 foi transmitido na BBC Radio.
Jay McInerney
Nasceu no Connecticut, em 1955. Além de escritor, é crítico gastronómico. Em Portugal, estão publicados «As Mil Luzes de Nova Iorque», «A História da Minha Vida», «O Último dos Savage», «Quando o Brilho Cai», «O Último Solteiro», «A Boa Vida» e «Um Hedonista na Adega».
David Means
Nasceu em Kalamazoo, Michigan, em 1961. É autor de contos e do romance Hystopia, semifinalista do Man Booker Prize em 2016. Assorted Fire Events recebeu, em 2000, o Los Angeles Times Book Prize e foi finalista do National Book Critics Circle Award. Publicou textos de ficção na New Yorker, Harper´s e Esquire. Dá aulas na Universidade de Vassar (Nova Iorque). Não está publicado em português.
Filipa Melo
Nasceu em 1972. É escritora, jornalista e crítica literária. O seu primeiro romance, «Este É o Meu Corpo», foi publicado em 2001 e traduzido em sete línguas. Os seus contos encontram-se editados em diversas antologias nacionais e internacionais. Em 2012, publicou a antologia «Asas sobre a América» e, em 2016, o livro de reportagem «Os Últimos Marinheiros». Actualmente, dirige a revista «EPICUR», assina crítica literária no «Sol», no «i», na «LER» e na «Café com Letras». Ensina escrita criativa.
Filipe Melo
Nasceu em 1977, em Lisboa. É pianista, compositor, realizador de cinema, professor e autor de BD. Estudou no Hot Clube de Portugal e no Berklee College of Music, em Boston. Trabalhou com Benny Golson, Peter Bernstein, Legendary Tigerman, Camané, Carlos do Carmo, Big Band do Hotclube, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Nacional, entre outros. No cinema, criou «I´ll See You in My Dreams» e «Um Mundo Catita». É autor da premiada trilogia de BD «Dog Mendonça e Pizzaboy» (2010-2013) e da novela gráfica «Os Vampiros» (2016).
Pedro Rosa Mendes
Nasceu em 1968. É autor de ficção, ensaio e reportagem, incluindo os romances «Baía dos Tigres» e «Peregrinação de Enmanuel Jhesus», distinguidos com o Prémio PEN de Narrativa (2000 e 2011). Trabalha em direitos humanos e segurança, após uma carreira de jornalista centrada em África, nos Balcãs e no Sudeste Asiático. Vive em Genebra. «Transporte» foi escrito na Sérvia, no âmbito de um programa do Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Belgrado e do Festival Krokodil.
José Tolentino Mendonça
Nasceu na Madeira, em 1965. Poeta, ensaísta e sacerdote, é especialista em Estudos Bíblicos e professor na Universidade Católica. A sua obra poética está reunida em «A Noite Abre Meus Olhos» (2014) e escreveu, mais recentemente, «A Papoila e o Monge» e «Estação Central» (2015). No ensaio destacam-se «Leitura Infinita. Bíblia e Interpretação», «O Hipopótamo de Deus» e «A Mística do Instante. O Tempo e a Promessa». Os seus livros estão publicados em vários países.
Calila das Mercês
Calila das Mercês é de Conceição do Jacuípe, Bahia. É escritora, jornalista e doutora em Literatura pela Universidade de Brasília, cidade onde mora. Recebeu o Prémio de Pesquisa Literária da Fundação Biblioteca Nacional. É autora de Notas de Um Interior Circundante e Outros Afetos (2019) e de Uma Árvore Plantada por Escrito (a ser publicado em 2022).
Claire Messud
Nasceu em Greenwich (EUA), em 1966. Estudou em Cambridge e em Yale, e é professora de Escrita. Já foi distinguida com uma Guggenheim Fellowship, uma Radcliffe Fellowship e com o Prémio Strauss Living, da Academia Americana de Artes e Letras. Em Portugal, está publicado o livro «Os Filhos do Imperador», um best-seller internacional e finalista do Prémio Man Booker.
Pedro Mexia
Nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica. Foi crítico literário e cronista no «Diário de Notícias» e no «Público», e escreve actualmente no «Expresso». É um dos membros do Governo Sombra (TSF / TVI24). Colabora com a Antena 3. Publicou oito livros de poesia, sendo o mais recente «Uma Vez Que Tudo se Perdeu» (2015). Editou quatro volumes de diários e sete colectâneas de crónicas. Publicou os diálogos para teatro «Nada de Dois», encenados no Brasil. Coordena a colecção de poesia da Tinta-da-china.
Leonard Michaels
Leonard Michaels (Manhattan, 1933 – Berkeley, 2003) foi ficcionista, ensaísta e argumentista, tendo publicado uma dezena de livros. Ensinou na Universidade da Califórnia e colaborou regularmente com a New Yorker. O romance Um Clube Só de Homens foi publicado no Brasil.
Paulo José Miranda
Nasceu em Paio Pires, em 1965). Romancista, poeta e dramaturgo, é formado em Filosofia pela Universidade de Lisboa. Viveu em Istambul, no Brasil e em Macau. Vive actualmente em Lisboa. Escreve no Hoje Macau. Foi o vencedor, em 1999, do primeiro Prémio José Saramago, com Natureza Morta. Tem ainda outros prémios de poesia e romance. Publicou, mais recentemente, o livro Aaron Klein (2020).
David Mitchell
Nasceu em 1969, em Southport, Inglaterra, e viveu vários anos no Japão. Foi distinguido pela Granta, em 2003, como um dos melhores romancistas britânicos. É autor de sete romances e foi duas vezes finalista do Man Booker Prize. Em Portugal, estão publicados «Atlas das Nuvens» e «As Horas Invisíveis». Vive actualmente na Irlanda.
Jorge Molder
Jorge Molder nasce em Lisboa, 1947. Estudou Filosofia e é um dos mais eminentes fotógrafos contemporâneos. Desde 1977, tem efectuado numerosas exposições individuais e colectivas em galerias, centros de arte e museus, em Portugal e no estrangeiro. Foi artista convidado da Bienal de São Paulo (1994) e representou Portugal na Bienal de Veneza (1999). Publicou fotografias em livros, revistas e jornais. Recebeu o Prémio AICA/Portugal, o Grande Prémio EDP e o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.
Jules Montague
Jules Montague nasceu na Irlanda. É neurologista. Colaboradora regular dos jornais The Guardian, The Independent e da BBC, publicou o livro Lost and Found: Memory, identity and who we become when we’re no longer ourselves (2018). Não está publicada em português.
Yara Nakahanda Monteiro
Yara Nakahanda Monteiro nasceu no Huambo, em 1979. É licenciada em Gestão de Recursos Humanos e trabalhou na área durante quinze anos. Em 2018 publicou o seu primeiro romance, Essa Dama Bate Bué!, onde aborda questões de identidade, pós‑memória, género, colonialismo e diáspora. Tem colaborado na criação de argumentos e guiões para artes audiovisuais.
Rick Moody
Nasceu em Nova Iorque, em 1961. Com formação superior em língua inglesa e escrita criativa, destaca‑se como contista e romancista. O seu romance mais conhecido, «Tempestade de Gelo» (1994), foi adaptado ao cinema pelo realizador Ang Lee e está publicado em Portugal e no Brasil.
Lorrie Moore
Lorrie Moore nasceu em Nova Iorque, em 1957. É ficcionista e autora de livros para a infância. Ensinou Escrita Criativa durante trinta anos na Universidade do Wisconsin‑Madison. Em 1996, foi incluída pela Granta na lista dos Best Young American Novelists. Três dos seus livros estão traduzidos em português.
Paulo Moura
Nasceu no Porto, em 1959. Estudou história e jornalismo e foi jornalista do «Público» durante 23 anos, diário com que mantém uma colaboração regular. Recebeu mais de uma dezena de prémios pelo seu trabalho. É professor de jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Publicou sete livros, sendo o mais recente «Extremo Ocidental: Uma Viagem de Moto pela Costa Portuguesa, de Caminha a Monte Gordo».
Catarina Mourão
Catarina Mourão nasceu em Lisboa, em 1969. Estudou Direito, Música e Cinema, e doutorou‑se em Cinema. Os seus filmes têm sido exibidos em diversos contextos, nomeadamente Vienalle, Cineteca (Madrid); Cinemateca de Berlim; Bienal de Veneza; Museu de Serralves; ICA (Londres); Fundação Moreira Salles (Rio de Janeiro); RTP; ARTE. É professora na FBAUL.
José Viale Moutinho
José Viale Moutinho nasceu no Funchal, em 1945. Recebeu por duas vezes o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco (com Cenas da Vida de Um Minotauro e Monstruosidades do Tempo do Infortúnio), o Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego (pelo conjunto da sua obra), bem como o Prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus (com Os Cimentos da Noite: Poesia 1975‑2020). Os seus livros estão traduzidos em castelhano, italiano e alemão, entre outros idiomas.
Marcelo Moutinho
Marcelo Moutinho (1972, Rio de Janeiro) é autor de A lua na caixa d´ água (2021, Prémio Jabuti) e Ferrugem (2017, Prémio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional). Publicou também os livros A palavra ausente (2011), Na dobra do dia (2015), Rua de dentro (2020) e obras voltadas para as crianças.
Herta Müller
Herta Müller (1953, Nitzkydorf) vive actualmente em Berlim, mas nasceu na Roménia, onde se tornou opositora do regime de Ceauşescu, emigrando para a Alemanha em 1987. Venceu o Prémio Nobel da Literatura em 2009. É autora de dezenas de livros, como os muito reconhecidos Já Então a Raposa Era o Caçador (1992) e Hoje Preferia não me Ter Encontrado (1997).
Haruki Murakami
Nasceu em Quioto, Japão, em 1949. É um escritor multipremiado (Jerusalem Prize, Hans Christian Andersen Literature Award, World Fantasy Award, entre outros), autor de vários livros de sucesso mundial, publicados em mais de cinquenta línguas e extensivamente em português. O seu romance mais recente é A Morte do Comendador (2017).
Mũkoma Wa Ngũgĩ
Mũkoma Wa Ngũgĩ (1971, Illinois) é poeta, romancista e professor de inglês na Universidade de Cornell. É filho do escritor queniano Ngũgĩ Wa Thiong´ o. É autor de vários livros, entre eles os romances policiais Nairobi heat (2011) e Black Star Nairobi (2013), ainda por publicar em português.
Vítor Nogueira
Nasceu em 1966, em Vila Real, onde vive e trabalha como gestor cultural. Entre outros equipamentos daquela cidade, dirigiu durante uma década o Teatro Municipal e actualmente dirige a Biblioteca Pública. Tem cerca de duas dezenas de livros publicados, nos domínios da poesia, da ficção e do ensaio.
Isabel Rio Novo
Nasceu no Porto, em 1972, onde se doutorou em Literatura Comparada. É professora de Escrita Criativa, Estudos Literários e História da Arte. Escreveu a narrativa fantástica «O Diabo Tranquilo» (2004), a novela «A Caridade» (2005, Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes), o livro de contos «Histórias com Santos» (2014) e os romances «Rio do Esquecimento» (2016, finalista do Prémio LeYa e semifinalista do Prémio Oceanos), «Madalena» (inédito, Prémio Literário João Gaspar Simões) e «A Febre das Almas Sensíveis» (2018, finalista do Prémio LeYa).
Joseph O´Neill
Nasceu em 1964, na Irlanda, tem ascendência turca e vive em Nova Iorque. Escreveu quatro romances e um livro de não ficção. Em Portugal, estão traduzidos e publicados «Rasto Negro de Sangue – Uma História de Família» e «Netherland – Terra de Sombras» (Prémio PEN/Faulkner de Ficção).
Maria José Oliveira
Maria José Oliveira nasceu na Figueira da Foz, em 1975. É jornalista, investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH‑UNL) e aluna de doutoramento. Fez investigação e reportagem para a imprensa escrita, para o cinema e para séries documentais. Publicou o livro Prisioneiros Portugueses na Primeira Guerra Mundial (2017).
Rosa Oliveira
Nasceu em Viseu, em 1958, e vive em Coimbra. Publicou os ensaios «Paris 1937» e «Tragédias Sobrepostas: Sobre "O Indesejado" de Jorge de Sena». Foi leitora na Universidade de Barcelona e é professora no ensino superior politécnico. Com «Cinza», o seu primeiro livro de poesia, recebeu em 2013 o Prémio PEN Clube Primeira Obra.
Maria Antónia Oliveira
Maria Antónia Oliveira nasceu em Viseu, em 1964. É autora de A Tristeza Contentinha de Alexandre O’Neill (Prémio Revelação de Ensaio APE), Alexandre O’Neill, Uma Biografia Literária, Não. Uma Biografia do Ar.Co (2014) e Os Biógrafos de Camilo (tese de doutoramento). É editora da obra de Alexandre O’Neill para a Assírio & Alvim. Ensina Escrita de Biografia na FCSH‑UNL.
Pola Oloixarac
Nasceu em Buenos Aires, em 1977. Estudou Filosofia, é escritora, tradutora, e publica artigos sobre arte e tecnologia. O seu primeiro romance intitula-se «As Teorias Selvagens» (2011). Foi distinguida pela Granta, em 2010, como uma das melhores jovens escritoras de língua espanhola.
Ondjaki
Ondjaki nasceu em Luanda, em 1977. É prosador e poeta, escrevendo também para cinema e teatro. É membro da União dos Escritores Angolanos. Em Angola, recebeu o Prémio Sagrada Esperança; no Brasil, os prémios FNLIJ por três vezes e Jabuti juvenil; em Portugal, o Prémio José Saramago e o Grande Prémio APE, entre outros. Está traduzido numa dezena de línguas. Publicou, mais recentemente, O Livro do Deslembramento (2020).
António Osório
Nasceu em 1933. Publicou o primeiro livro, «A Raiz Afectuosa», em 1972. Filho de mãe italiana e pai português, bilingue, cresceu acompanhado pela poesia de Dante e de Camões, de Camilo Pessanha e de Eugénio Montale, entre muitos outros. Publicou, entre outros, os livros «A Ignorância da Morte», «Décima Aurora» e «Casa de Sementes». O mais recente é «O Concerto Interior – evocações de um poeta» (2012). Tem a obra poética reunida no volume «A Luz Fraterna».
Gunnhild Øyehaug
Gunhild Øyehaug nasceu na Noruega, em 1975. É escritora, professora de Teoria da Literatura e crítica literária. Estreou‑se em 1998 com um livro de poesia, tendo desde então publicado dois volumes de contos e um romance. Os seus livros não estão publicados em português.
Gustavo Pacheco
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1972. É diplomata e tradutor. «Ambystoma mexicanum ou o labirinto invisível» é o seu primeiro texto publicado.
Orhan Pamuk
Nasceu em Istambul, em 1952, cidade onde vive. Escreveu uma dezena de livros, entre os quais «Istambul», «A Cidadela Branca», «Os Jardins da Memória», «Neve» ou «O Museu da Inocência». É professor na Universidade de Columbia, onde ensina Literatura Comparada e Escrita. Os seus livros já receberam inúmeros prémios e distinções e estão traduzidos em dezenas de línguas. Pamuk recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2006.
Luís Carlos Patraquim
Nasceu em Lourenço Marques, em 1953, e vive em Lisboa. É jornalista, poeta e dramaturgo. Colaborou com várias publicações moçambicanas e portuguesas. A sua extensíssima obra poética foi distinguida com o Prémio Nacional de Poesia de Moçambique (1995). Entre os seus livros encontram‑se «Monção», «A Inadiável Viagem» e «Lidemburgo Blues». Escreveu quatro peças de teatro, entre as quais «Tremores Íntimos Anónimos», em parceria com António Cabrita.
Antonia Pellegrino
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1980. É formada em Ciências Sociais pela PUC-Rio. Publicou na «Piauí», no «Ilustríssima» e na «Folha de S. Paulo». É autora do livro «Cem ideias que deram em nada». «Leão com Leão» é o primeiro capítulo do seu romance de estreia, a publicar em 2016. Como argumentista, recebeu os prémios de melhor guião da Academia Brasileira de Letras por «Tim Maia — o filme», e de guião adaptado no Prémio da Academia Brasileira de Cinema pela longa‑metragem «Bruna Surfistinha».
Pepetela
Pepetela nasceu em Benguela em 1941. Participou da luta armada pela independência do seu país, entre 1969 e 1974, e foi vice‑ministro da Educação de Angola (1975‑1982). Escreveu 26 livros traduzidos em mais de vinte idiomas, entre os quais Mayombe, A gloriosa família, A geração da utopia e O planalto e a estepe. Ganhou duas vezes o Prémio Nacional de Literatura de Angola e, em 1997, recebeu o Prémio Camões.
Georges Perec
Georges Perec (Paris, 1936 – Ivry‑sur‑Seine, 1982) foi romancista, poeta, ensaísta e argumentista, membro do OuLiPo (Ouvroir de Littérature Potentielle). Galardoado com o Prix Renaudot (1965) e com o Prix Médicis (1978), é considerado um dos grandes renovadores da literatura do pós‑Segunda Guerra Mundial. Cerca de uma dezena dos seus livros estão traduzidos em português. O texto aqui publicado faz parte, contudo, de um dos inéditos: Je me souviens.
Ana Teresa Pereira
Nasceu no Funchal em 1958. Escreve romances policiais e contos fantásticos.
José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira nasceu no Porto em 1949. É professor, historiador e colunista. Foi deputado à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu. Publicou mais de uma dezena de livros sobre história e política. Colabora regularmente em vários meios de comunicação. Criou e mantém o Ephemera, o maior arquivo privado português.
Ana Caria Pereira
Ana Caria Pereira nasceu em Lisboa, em 1981. É fotógrafa e ensina Fotografia desde 2004, na Escola Técnica de Imagem e Comunicação e na Faculdade de Belas‑Artes da Universidade de Lisboa. É formadora de impressão a preto e branco e de processos fotográficos do século XIX. As suas obras mais recentes integraram a exposição colectiva No Reino das Nuvens: Os artistas e a invenção de Sintra, no Museu das Artes de Sintra.
Carlos Eduardo Pereira
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1973. Estudou História na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O seu romance de estreia, Enquanto os dentes (2017), foi semifinalista do Prémio Oceanos e finalista do Prémio São Paulo de Literatura.
António Pescada
António Pescada nasceu em Paderne em 1938. É tradutor literário. Viveu em Moscovo, onde estudou língua e literatura russa. Recebeu o Grande Prémio de Tradução Literária em 1995, pela tradução de Bela do Senhor, de Albert Cohen, e novamente em 2018, pela tradução de O Duplo, de Dostoiévski, e de O Arquipélago Gulag, de Aleksandr Soljenítsin.
Fernando Pessoa
Nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 mas passou boa parte da juventude em Durban, onde recebeu uma educação inglesa. Desde cedo demonstrou talento para as Letras e a intensa actividade literária que desenvolveu faz dele um dos autores cimeiros da língua portuguesa e do século XX. Desdobra-se em múltiplas personalidades literárias, os heterónimos, autodenominando-se «um drama em gente». Cerca de metade dos trinta mil papéis que deixou inéditos continuam por editar.
Chris Petit
Nasceu em Worcestershire (Inglaterra), em 1949. É escritor e realizador, e o seu primeiro filme, «Radio On» (1979), tornou‑se um road movie de culto. Nos anos 70, escreveu sobre cinema em revistas como «Time Out» e «Melody Maker». Enquanto romancista, destaca‑se no género policial. Em Portugal, está publicado o livro «A Reserva Humana».
Justine Picardie
Justine Picardie nasceu em Inglaterra, em 1961. É autora de cinco livros, foi editora da Vogue britânica, é colunista da Sunday Telegraph Magazine e colabora com outras publicações. Em português estão publicados, nomeadamente, o romance Daphne e a biografia Coco Chanel: A vida e a lenda. Vive em Londres.
João Pina
Nasceu em Lisboa, em 1980. Formou‑se no International Center of Photography, em Nova Iorque. Passou grande parte da última década a trabalhar na América Latina. O seu trabalho, por diversas vezes premiado, tem sido publicado em jornais e revistas como «The New York Times», «New Yorker», «Time Magazine», «Newsweek», «El País», «Days Japan», «Expresso» ou «Visão». Fotografias suas já foram expostas em Nova Iorque, Londres, Tóquio, Lisboa, Porto, Perpignan e São Paulo. Em 2014 publicou «Condor - o plano secreto das ditaduras sul-americanas», numa edição trilingue (português, inglês e espanhol). Em 2016, o livro foi publicado em França.
Harold Pinter
Nasceu e morreu em Londres (1930-2008). Encenador e actor, poeta e dramaturgo, recebeu diversos prémios ao longo da sua carreira e foi galardoado em 2005 com o Prémio Nobel da Literatura. Além do seu teatro reunido em dois volumes, estão traduzidos e publicados em Portugal: «O Monta-Cargas», «Feliz Aniversário», «Guerra», «Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices», «Os Anões e Outras Peças», «Várias Vozes», «A Teia».
Jacinto Lucas Pires
Nasceu em 1974. Escreve romances, contos, peças de teatro, filmes, música. Tem nove livros publicados. Em 2008 venceu o Prémio Europa - David Mourão-Ferreira. O seu mais recente romance, «O verdadeiro ator», recebeu o Grande Prémio de Literatura DST e foi publicado nos EUA pela Dzanc. No teatro, trabalha com diferentes grupos e encenadores. Frequentou a New York Film Academy. Faz parte da companhia Ninguém e da banda Os Quais. Mantém o blogue «O que eu gosto de bombas de gasolina».
A. M. Pires Cabral
Nasceu em 1941. É licenciado em Filologia Germânica. É responsável pelo Grémio Literário Vila‑Realense desde a sua criação, em 2006. A sua actividade literária estende‑se pelas áreas da poesia, ficção, teatro, crónica e antologia. Estreou‑se em 1974 com «Algures a Nordeste», e tem publicados até ao presente mais de 50 títulos. Obteve diversos prémios literários. Está traduzido em alemão, inglês, francês, castelhano, italiano e húngaro.
Andrei Platónov
Andrei Platónov (1899-1951) nasceu numa vila russa e morreu na obscuridade. Foi apoiado por Gorky e partidário da Revolução de 1917, mas acabou rejeitado por Estaline e pelo regime. Trabalhou como engenheiro electrotécnico e como correspondente na Segunda Guerra Mundial. Em Portugal foram publicados os livros «A Escavação» (2011) e «Djan ou a Alma» (2012).
Peter Pomerantsev
Nasceu em Kiev, na Rússia, em 1977. Estudou Literatura Inglesa e Alemã, e trabalhou em Londres como produtor de televisão e jornalista. Tem colaborado com publicações como «London Review of Books», «Atlantic» ou «Newsweek». O seu livro mais recente é «Nothing Is True and Everything Is Possible» (2014). Não está publicado em Portugal.
Natércia Pontes
Natércia Pontes (1980, Ceará) mora em São Paulo. É autora de Copacabana dreams (2012), finalista do Prémio Jabuti, e de Os tais caquinhos (2021).
Paulo Portas
Nasceu em Lisboa, em 1962). Foi jornalista e director de O Independente. Foi também líder político (centro-direita) e ministro da Defesa, ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-primeiro-ministro de Portugal. É professor, consultor e empresário. Autor do programa televisivo Global.
Patrícia Portela
Nasceu em 1974. Escritora e performer, vive entre Portugal e a Bélgica. Estudou cenografia, cinema, dança e filosofia. Recebeu vários prémios pela sua obra artística (entre os quais o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/Fundação Calouste Gulbenkian para «Flatland I»). Em 2013, participou no 46.º International Writers Program, em Iowa City, e em 2015 foi uma das cinco finalistas do Prémio Media Art Sonae/MNACC. Dedica-se actualmente a estudar a invisibilidade.
Alexandre Vidal Porto
Nasceu em São Paulo, em 1965. É autor dos romances Matias na cidade (2005), Sergio Y. vai à América (2014, Prémio Paraná de Literatura; traduzido para inglês e italiano) e Cloro (2018). Actualmente vive em Frankfurt.
Carla Quevedo
Carla Quevedo (Lisboa) é escritora e comentadora. Autora do livro As Mulheres que Fizeram Roma (2015). Mestre em Estudos Clássicos, Literatura Grega (2005), Universidade de Lisboa, tem colaborado regularmente na imprensa, em títulos como Diário de Notícias, O Independente, Expresso, i, Sol. Participa no programa Irritações (SIC Radical) e é autora do podcast As Mulheres Não Existem.
Letícia Ramos
Letícia Ramos nasceu em Santo Antônio da Patrulha, em 1976. Vive e trabalha em São Paulo. Reconhecida com vários prémios de fotografia — BES Foto, Brasil Fotografia e Marc Ferrez —, o seu trabalho tem sido exposto por todo o mundo: Tate Modern, Instituto Moreira Salles, Itaú Cultural, Centro Cultural de São Paulo, Museu Berardo, Musée d’Art Contemporain de Bordéus. Integra importantes colecções de arte, como Fundación Botín, Nouveau Musée National de Monaco, Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM e Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Caio Reisewitz
Caio Reisewitz nasceu em São Paulo, em 1967. É fotógrafo. Representou o Brasil na 26.ª Bienal de São Paulo, Daegu Biennale (Coreia), VI Guangzhou Triennal (China) e foi o artista convidado para o Pavilhão do Brasil na 51.ª Bienal de Veneza. O seu trabalho está representado nas coleções do Museo de Arte Contemporáneo de Castilla e León; Ella Fontanals‑Cisneros Collection, Miami; Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro; Martin‑Gropius‑Bau, Berlim; entre outras. Expôs individualmente no International Center for Photography (Nova Iorque); na Maison Européenne de la Photographie (Paris); ou no Museum voor Fotographie (Amesterdão). Representará o Brasil na Bienal de Sydney em 2022, com curadoria de Jose Roca.
Rosângela Rennó
Rosângela Rennó nasceu em Belo Horizonte, em 1962. É artista plástica, representada em diversas colecções internacionais e com vários livros publicados. Formou‑se em Artes Plásticas e em Arquitectura, e doutorou‑se em Artes. Nas suas fotografias, objectos, vídeos e instalações, trabalha com imagens de repertórios variados, dos álbuns de família às imagens obtidas em arquivos públicos, investigando as relações entre a memória e o esquecimento.
Mauro Restiffe
Mauro Restiffe nasceu em São José do Rio Pardo, Brasil, em 1970. É formado em Cinema e estudou Fotografia em Nova Iorque. Trabalha exclusivamente com fotografia analógica. Está representado em importantes colecções públicas, sobretudo no Brasil e EUA, realizou exposições individuais em prestigiadas instituições e em 2021 participou na Bienal de São Paulo.
Raquel Ribeiro
Nasceu no Porto, em 1980. É jornalista, escritora e investigadora doutorada no Reino Unido. Foi colaboradora do «Público», bolseira Gabriel García Márquez da Fundación Nuevo Periodismo Ibero‑Americano, na Colômbia, e da Universidade de Nottingham. Sob o pseudónimo Maria David, publicou «Europa» e vários contos. O seu romance de estreia, «Este Samba no Escuro», foi publicado em 2013.
Ricardo J. Rodrigues
Nasceu em 1976. Escreve na «Notícias Magazine» e ensina jornalismo na Universidade Lusófona. Colabora com vários jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro. As suas histórias já foram reconhecidas com prémios de jornalismo, nomeadamente o Gazeta de Imprensa em 2016. Estudou no Committee of Concerned Journalists, em Washington, e na Universidade Nova de Lisboa. Publicou três livros de reportagem, sendo o mais recente «Malditos, Histórias de Homens e de Lobos».
Sérgio Rodrigues
Sérgio Rodrigues nasceu em Muriaé, em 1962. É autor do romance O drible (2014, Prémio Portugal Telecom). Publicou ainda A visita de João Gilberto aos Novos Baianos (2019, contos), Elza, a garota (2018, romance) e Viva a língua brasileira! (2016, não ficção), entre outros. Tem livros lançados em Portugal, Espanha, EUA e França. É colunista da Folha de S. Paulo.
Tiago Rodrigues
Nasceu em 1977. É dramaturgo, actor e encenador. Com a sua companhia, Mundo Perfeito, criou trinta peças de teatro durante a última década, e o seu trabalho foi apresentado na Europa, na América do Sul, na Ásia e no Médio Oriente. Tem desdobrado a sua actividade pelo cinema, pela dança, pelo jornalismo, pela curadoria e pelo ensino. Várias das suas peças foram publicadas em livro pela Universidade de Coimbra. Actualmente, é o director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
Mag Rodrigues
Mag Rodrigues (1991, Lisboa) é formada em Fotografia e autora de diversos
trabalhos documentais e de autor, como Subsolo (2018), Covidário (2020) ou Gabriela (2022 — a decorrer). No último ano, destaca‑se a exposição FAMÍLIA — Retratos de famílias LGBTQIA+, eleita para a Temporada Portugal ‑ França em Paris.
Valério Romão
Valério Romão (1974, Clermont ‑ Ferrand) é licenciado em Filosofia e é autor de três livros de contos, duas peças de teatro e três romances: Autismo (2012), O da Joana (2013) e Cair para dentro (2018). A sua obra está também publicada em Itália, Brasil e França, onde foi finalista do Prémio Femina em 2016. É também tradutor e integra o projeto de spoken word «mao‑mao». Mora em Lisboa, tem um filho, dois gatos e está a aprender mandarim.
João Rosas
João Rosas nasceu em Lisboa, em 1981. Estudou Ciências da Comunicação e Cinema em Lisboa, Bolonha e Londres, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. É autor de três livros de contos e de filmes como A Minha Mãe É Pianista (2005), Birth of a City (2009), Entrecampos (2012) e Maria do Mar (2015), tendo sido premiado em Portugal, Espanha e no Brasil. Foi bolseiro no projecto de investigação Works, sobre representações do trabalho no cinema. Encontra-se a terminar um documentário e uma curta-metragem de ficção.
Clara Rowland
Clara Rowland nasceu em Coimbra, em 1978. É professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve o seu trabalho nas áreas da Literatura Brasileira, da Literatura Comparada e dos Estudos Interartes. Coordenou o projecto Falso Movimento — estudos sobre escrita e cinema, no âmbito do qual editou em Portugal, com José Bértolo, A Escrita do Cinema: Ensaios (2015) e, com Tom Conley, Falso Movimento: Ensaios sobre escrita e cinema (2016). O seu livro A Forma do Meio. Livro e narração na obra de João Guimarães Rosa foi publicado em 2011 no Brasil.
Salman Rushdie
Nasceu na Índia, em 1947. Romancista e ensaísta britânico, conquistou o prémio Booker, em 1981, com «Os Filhos da Meia‑Noite». O mesmo livro seria eleito o Booker dos Bookers, em 2008. O quarto romance de Salman Rushdie, «Os Versículos Satânicos», valeu‑lhe em 1989 uma condenação à morte por parte do Líder Supremo do Irão, o Aiatola Khomeini, que o obrigou a permanecer escondido durante quase uma década. Vive actualmente nos Estados Unidos.
Edward W. Said
Edward W. Said (1935, Jerusalém — 2003, Nova Iorque) foi um dos mais importantes intelectuais do século XX. Estudou nas universidades de Princeton e Harvard, e leccionou cerca de quarenta anos na Universidade de Columbia. Orientalismo, traduzido em mais de três dezenas de idiomas, é considerado um dos livros fundadores dos Estudos Pós‑Coloniais. Várias das suas obras estão publicadas em português.
Cláudia R. Sampaio
Cláudia R. Sampaio nasceu em Lisboa, em 1981. É poeta e artista plástica. Escreveu para cinema, televisão e teatro. Publicou vários livros de poesia e, em 2020, a antologia Já Não Me Deito em Pose de Morrer. Está publicada no Brasil, com a trilogia Inteira como um coice do universo. É uma das artistas do projecto MANICÓMIO e expôs na Outsider Art Fair, em Nova Iorque. Vive com as suas gatas, Polly Jean e Aurora.
Cristina Sampaio
Nasceu em Lisboa, em 1960. Trabalha há mais de vinte anos como ilustradora e cartoonista para diversos jornais e revistas. Entre 1990 e 1999 foi responsável pela secção de infografia do «Público». As suas ilustrações foram apresentadas em várias exposições individuais e colectivas, e premiadas em Portugal e no estrangeiro. Tem trabalhado também em cenografia, multimédia e animação.
Sérgio Sant´Anna
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1941. É contista, romancista e dramaturgo, com dezenas de livros publicados, entre os quais: «Confissões de Ralfo», «O Concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro», Amazona», «A Senhorita Simpson», «O Monstro», «Um Crime Delicado» e «O Voo da Madrugada». Venceu quatro vezes o Prémio Jabuti, três vezes o APCA e uma vez o Prémio da Biblioteca Nacional. Tem a sua obra traduzida para alemão, italiano, francês e checo, além de já ter sido adaptada ao cinema.
André Sant’Anna
André Sant’Anna nasceu em Belo Horizonte em 1964. É músico, escritor, dramaturgo e argumentista de cinema e televisão. Autor de oito livros, entre os quais O paraíso é bem bacana e Discurso sobre a metástase, está publicado em Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.
João Fonte Santa
Nasceu em Évora, em 1965. Estudou Pintura na FBAL. Vindo da produção gráfica underground em fanzines, o seu trabalho integra também a pintura e o desenho. A partir de um imaginário fortemente ancorado na cultura popular contemporânea e erudita, procura tornar visível a mecânica do poder político.
Ana Cláudia Santos
Ana Cláudia Santos (1984, Lisboa) passou a infância na Cruz de Pau e a adolescência em Beja. Viveu temporadas em Nápoles e em Pisa. É doutorada em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa e dedicou-se ao estudo de Giambattista Vico, cuja autobiografia traduziu. Tem traduzido autores como Carlo Collodi, Sergio Solmi, Giacomo Leopardi, Italo Svevo, Carlo Levi e Fleur Jaeggy. Publicou o livro A Morsa — Contos de Inocência e de Violência (2022).
Simon Schama
Nasceu em Londres, em 1945. Especialista em História de Arte, foi professor em Cambridge, Oxford e Harvard, e actualmente dá aulas na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Os seus livros foram distinguidos com vários prémios, entre os quais o National Book Critics Circle Award de não‑ficção, para «Rough Crossings». Em Portugal, estão publicados «O Futuro da América: a história dos EUA, dos fundadores até Barack Obama», «Cidadãos; uma crónica da Revolução Francesa» e «A História dos Judeus».
Taiye Selasi
Nasceu em Londres, em 1979, tem origem ganesa e cresceu nos EUA. Formou‑se na Universidade de Yale e na Universidade de Oxford. Dedica‑se à escrita desde 2005. «A vida sexual das raparigas africanas» foi incluído na lista Best American Short Stories 2012. O romance «A Beleza das Coisas Frágeis» foi considerado um dos dez melhores livros do ano pela «Economist» e pelo «Wall Street Journal». Em 2013, Selasi viu o seu nome incluído na selecção Granta’s 20 Best Young British Writers.
Jorge de Sena
Nasceu em Lisboa, em 1919. Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta, crítico literário, teatral e de cinema, historiador da cultura e tradutor. Em 1959, exilou-se no Brasil, onde desenvolveu actividade política e se tornou professor de literatura. Doutorou-se em Letras, em 1964, com uma tese sobre Luís de Camões. O golpe militar desse ano e a onda de perseguições que se lhe seguiu levou-o a mudar-se para os Estados Unidos em 1965. Em 1970, passa a leccionar na Universidade da Califórnia. A sua obra é galardoada, em 1977, com o Prémio Internacional de Poesia Etna-Taormina. Morreu em Santa Barbara, em 1978.
Aman Sethi
Nasceu em Bombaim, em 1983, e estudou em Nova Deli. Foi para Nova Iorque estudar jornalismo, na Universidade de Columbia, e é actualmente correspondente em Adis Abeba. O seu romance de estreia, «A Free Man», valeu-lhe consagração crítica internacional e o Crossword Book Award. Não está publicado em Portugal.
Jeremy Sheldon
Jeremy Sheldon nasceu em Londres, em 1971. Argumentista e ficcionista, publicou um romance e uma colectânea de contos. É professor de Escrita Criativa no Imperial College e no Birkbeck College, e também de Argumento na London Film School. Não está publicado em português.
Keane Shum
Nasceu na Austrália, em 1983, e cresceu em Hong Kong. Estudou Direito nos Estados Unidos e, mais tarde, integrou a equipa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, no sector do Sudeste Asiático. Escreve regularmente para o jornal «South China Morning Post» e ocasionalmente para as publicações «Atlantic» e «Sydney Morning Herald». Não está publicado em Portugal.
Letícia Simões
Letícia Simões nasceu em Salvador da Bahia, em 1988. É mestre em Cine-Ensaio pela EICTV (Cuba) e em Estudos Contemporâneos das Artes pela UFF (Brasil).
Publicou dois livros de poesia no Brasil, Pessoas de Quem Roubei Frases e Daqui, em 1976, Acenei para Você. Escreveu e dirigiu as longas-metragens Bruta Aventura em Versos, Tudo Vai Ficar da Cor Que Você Quiser e O Chalé É Uma Ilha Batida de Vento e Chuva, trilogia sobre literatura brasileira, e ainda Casa, um ensaio autobiográfico.
Helen Simpson
Nasceu em Bristol, em 1959, e vive em Londres. Escreve sobretudo contos, publicados em várias antologias. «Four Bare Legs in a Bed and Other Stories», o seu primeiro livro, recebeu o Somerset Maugham Award e o Sunday Times Young Writer of the Year Award. «Hey Yeah Right Get a Life» foi distinguido com o Hawthornden Prize. Em 1993 foi incluída pela Granta na selecção Best of Young British Novelists, e em 2002 recebeu o E.M. Forster Award. Nenhum dos seus livros está publicado em Portugal.
Ali Smith
Ali Smith (1962, Inverness) vive em Cambridge e é autora de 12 romances e cinco colectâneas de contos, traduzidos para 40 idiomas, entre eles A primeira pessoa, Por acasoe Como ser as duas coisas, publicados no Brasil, e Verão e Rapariga Encontra Rapaz, publicados em Portugal. Foi premiada com o Goldsmiths Prize, o Women’s Prize for Fiction e o Scottish Arts Council Award, entre outros, e foi quatro vezes finalista do Man Booker Prize.
Miguel Soares
Nasceu em Braga, em 1970. Estudou fotografia no Ar.Co, em Lisboa, e Design de Equipamento na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Tem‑se dedicado sobretudo à realização de animações 3D, composição de música electrónica, vídeo e fotografia, e já expôs em cerca de vinte países. Venceu o Prémio BES Photo 2007. Mostrou recentemente, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, a exposição «LUZAZUL», de onde derivam as imagens apresentadas nesta revista.
Catarina Sobral
Nasceu em Coimbra, em 1985. É ilustradora e autora de seis livros para crianças, já publicados noutros países, além de Portugal: Brasil, Espanha, França, Itália e Suécia. Tem também trabalhado em ilustração para a imprensa, capas de discos, animação, cartazes. Foi premiada pela Feira do Livro Infantil de Bolonha, pelo Prémio Nacional de Ilustração e pela Sociedade Portuguesa de Autores, e distinguida por publicações como o catálogo White Ravens e a revista 3x3.
Wendell Steavenson
Nasceu em Nova Iorque, em 1970. Foi correspondente no Médio Oriente ao longo de mais de uma década, colaborando com várias publicações: «Granta», «New Yorker», «Guardian», «Prospect Magazine». É autora de livros como «Circling the Square», sobre a revolução no Egipto, ou «The Weight of a Mustard Seed», sobre o Iraque. Não está publicada em português.
Veronica Stigger
Veronica Stigger nasceu em Porto Alegre, em 1973. Vive em São Paulo. É escritora, crítica de arte, curadora independente e professora universitária. Publicou doze livros no Brasil, entre os quais Opisanie Swiata (2013), Sul (2016) e Sombrio Ermo Turvo (2019). Com Opisanie Swiata, o seu primeiro romance, recebeu os prémios Machado de Assis, São Paulo (autor estreante) e Açorianos (narrativa longa). Com Sul, foi distinguida com o Prémio Jabuti.
Anna Della Subin
Anna Della Subin nasceu nos EUA. É escritora, crítica literária e académica. Os seus ensaios foram publicados na New York Review of Books, New York Times e London Review of Books , entre outras publicações. É editora da revista Bidoun, dedicada à arte e cultura do Médio Oriente. Publicou o ensaio Not Dead But Sleeping (2016) e em 2021 sai Accidental Gods. Não está publicada em português.
Graham Swift
Nasceu em 1949, em Londres, e estudou nesta cidade, em Cambridge e em York. Autor de dez romances, além de contos e poesia, venceu o Booker Prize em 1996, com «Últimas Vontades», romance adaptado ao cinema e do qual se extraiu o conto «O talhante de Bermondsey», aqui traduzido. Foi distinguido pela Granta, em 1983, como um dos melhores romancistas britânicos. Em Portugal estão ainda publicados «O País das Águas» (também adaptado para filme), «Fora Deste Mundo» e «Desde Aquele Dia»; «O Domingo das Mães», o mais recente romance, está no prelo.
Gonçalo M. Tavares
Nasceu em 1970. Os seus livros deram origem a peças de teatro, peças radiofónicas, curtas-metragens e objectos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projectos de arquitectura, teses académicas. Recebeu vários prémios, entre os quais o Grande Prémio Romance e Novela da SPA, o Prémio Fernando Namora, o Prémio José Saramago, o Prémio LER e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco APE. Internacionalmente, recebeu o Prémio Portugal Telecom no Brasil (por duas vezes) e o Prix du Meilleur Livre Étranger, em França. Estão em curso traduções dos seus livros em cerca de 45 países.
Vera Tavares
Nasceu em Lisboa, em 1972. É licenciada em História de Arte pela Universidade Nova de Lisboa e frequentou os cursos de Desenho e de Ilustração do Ar.Co. É directora de arte na Tinta-da-china desde 2006. Ilustrou os livros infantis «Curupira Piraora», de Tatiana Salem Levy, e «Lôá e a véspera do primeiro dia» e «Lôá perdida no paraíso», de Dulce Maria Cardoso.
Jeferson Tenório
Jeferson Tenório nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. Publicou os romances O avesso da pele (2020), Estela sem Deus (2018) e O beijo na parede (2013, escolhido como livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores). É doutorando em Teoria Literária pela PUCRS.
Joca Reiners Terron
Nasceu em Cuiabá, em 1968. Publicou os romances «Não há nada lá» (2001), «Do fundo do poço se vê a lua» (Prémio Machado de Assis, Fundação Biblioteca Nacional 2010), «A tristeza extraordinária do leopardo das neves» (2013) e «Noite dentro da noite» (2017), entre outros. Vive em São Paulo.
Paul Theroux
Nasceu no Massachusetts, em 1941. Autor de vários romances, distinguiu-se na literatura de viagens, nomeadamente com «O Grande Bazar Ferroviário». Os seus livros estão traduzidos em inúmeras línguas. Em português, encontram-se, por exemplo, «O Velho Expresso da Patagónia», «Viagem por África» ou «Comboio-Fantasma Para o Oriente». «Picture Palace» recebeu o Whitbread Prize e «Riding the Iron Rooster» recebeu o Thomas Cook Travel Book Award. «A Costa do Mosquito» foi distinguido com o James Tait Black Memorial Prize.
Colin Thubron
Colin Thubron nasceu em Londres em 1939. É autor de romances e livros de viagens. Foi incluído pelo The Times entre os 50 maiores escritores britânicos do pós‑guerra. Colabora com o The New York Times e The Times Literary Supplement, entre outros. Presidiu à Royal Society of Literature. Os seus livros foram traduzidos em mais de vinte línguas. Em português, estão publicados A Sombra da Rota da Seda; Na Sibéria; e Até À Última Cidade.
Colin Thubron
Nasceu em Londres, em 1939, cidade onde vive. Estudou em Eton. É autor de vários romances e livros de viagens, e considerado um dos mais importantes escritores europeus do pós-guerra. Em Portugal estão disponíveis somente três títulos: «Na Sibéria», «Até à Última Cidade» e «A Sombra da Rota da Seda». É presidente da Royal Society of Literature e, em 2007, recebeu a recebeu a Ordem de Comandante do Império Britânico. Escreve regularmente no «Times», no «Times Literary Supplement» e na «Spectator».
Tatiana Tolstaya
Tatiana Tolstaya nasceu em São Petersburgo em 1951. É escritora e publicitária. Estudou Filologia Clássica e trabalhou numa editora moscovita. Viveu nos EUA, onde leccionou em várias universidades. É autora de romances, contos, ensaios e reportagens. No Brasil, está publicado o livro de contos No degrau de ouro.
João Tordo
Nasceu em Lisboa, em 1975. Publicou dez romances, nomeadamente «As Três Vidas» (Prémio José Saramago 2009).
Recebeu a distinção GQ — Homem do Ano na categoria Literatura em 2014. Alguns dos seus livros estão publicados em diversos países, entre eles França, Alemanha, Itália, Hungria, Croácia ou Brasil.
Amor Towles
Amor Towles nasceu em Boston em 1964. É escritor. Formou‑se nas universidades de Yale e Stanford. Publicou romances, contos e ensaios. Em português estão traduzidos Um Gentleman em Moscovo (finalista do Kirkus Prize) e As Regras da Cortesia.
Paulo Tunhas
Nasceu no Porto, em 1960. É professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Publicou os livros «Impasses», seguido de «Coisas vistas, coisas ouvidas» (2003, com Fernando Gil e Danièle Cohn), «O Essencial sobre Fernando Gil» (2007), «O Pensamento e os Seus Objetos» (2012), «As Questões Que Se Repetem. Uma breve história da filosofia» (2012, com Alexandra Abranches) e «Ser ou Não Ser Kantiano» (2014, com Sofia Miguens, João Alberto Pinto e Susana Cadilha).
Ludmila Ulitskaia
Ludmila Ulitskaia nasceu em Davliekánovo, Rússia, em 1943. É formada em Biologia, fez investigação em Genética e trabalhou no Teatro Hebraico de Moscovo. Escritora multipremiada, distinguida com o Prémio Simone de Beauvoir e, mais recentemente, com o Prémio Formentor das Letras, publicou contos, teatro e romances. Vários dos seus livros estão publicados em Portugal, como Sónechka (Prémio Médicis); no Brasil, saiu Meninas.
Samuel Úria
Samuel Úria (1979, Tondela) leva para os palcos o blues do Delta do Dão. Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock´ n´ roll e pela estética lo-fi, vem ganhando notoriedade na música desde 2008. À singeleza das actuações a solo, acrescentou a riqueza instrumental dos discos, os concertos com banda e constantes colaborações (como autor ou intérprete).
Helena Vasconcelos
Nasceu em Lisboa e cresceu na Índia e em Moçambique. É escritora e crítica literária. Dedica-se à promoção da leitura, em colaboração com bibliotecas, universidades e instituições como a Culturgest e a Fundação Calouste Gulbenkian. Com o livro de contos «Não Há Horas para Nada» recebeu o Prémio Revelação do Centro Nacional de Cultura. Mais recentemente publicou o romance «Não Há Tantos Homens Ricos como Mulheres Bonitas Que os Mereçam».
Teresa Veiga
Teresa Veiga (Lisboa) é licenciada em Direito e em Filologia Românica, e exerceu a actividade de professora, conservadora dos Registos Civil e Predial e notária. É autora de nove livros, entre contos, novelas e romances, nomeadamente O Último Amante (1990), História da Bela Fria (1992) e Gente Melancolicamente Louca (2015). O Senhor d’Além (2021) é o mais recente.
Marcelo Vicintin
Marcelo Vicintin nasceu em São Paulo, em 1981. É formado em administração de empresas, com MBA pelo INSEAD, França. Nos últimos quinze anos, trabalhou em diversas empresas, no Brasil e no estrangeiro. Em 2020 publicou o seu primeiro romance, As Sobras de Ontem.
Gore Vidal
Nasceu na academia militar de West Point, nos EUA, em 1925. Prolífero romancista, ensaísta e dramaturgo, publicou mais de 30 livros de ficção, e outros tantos de não‑ficção. Escreveu para a «New York Review of Books» e para a «Esquire», tornando‑se uma destacada figura da intelectualidade norte‑americana. Em Portugal, estão publicados, entre outros, «Criação», «Duluth», «Império», «Juliano», «Myron» e «Washington, D.C.». Morreu na Califórnia, em 2012.
Mariana Viegas
Mariana Viegas nasceu em Lisboa em 1969. É fotógrafa. Colaborou com a revista Kapa, Diário de Notícias, Público, Le Monde, Libération, entre outros. Foi fotógrafa de cena em filmes de Pedro Costa, Margarida Gil, Manoel de Oliveira e João César Monteiro. Expôs em Portugal e no estrangeiro (Frankfurt, Nova Iorque, Paris, Rio de Janeiro, Berlim) e o seu trabalho está representado em colecções públicas e privadas.
Francisco José Viegas
Francisco José Viegas nasceu em Pocinho, em 1962. É editor da Quetzal e autor de vários livros de poesia (reunidos na antologia Deixar Um Verso a Meio, 2019) e de ficção. Publicou romances como Regresso por Um Rio (1987), As Duas Águas do Mar (1992), Um Céu Demasiado Azul (1995), Lourenço Marques (2002), Longe de Manaus (2005, Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores), O Mar em Casablanca (2008), O Colecionador de Erva (2013) ou A Luz de Pequim (Prémio Fernando Namora, Prémio Pen, 2019‑2020).
Aparecida Vilaça
Aparecida Vilaça (1958, Rio de Janeiro) é antropóloga e professora do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além de livros académicos, é autora de Paletó e eu. Memórias do meu pai indígena (2018), vencedor do prémio Casa de las Américas e, na versão em inglês, da medalha de ouro em não‑ficção criativa do Independent Publisher Book Awards. É co‑autora, com Francisco Vilaça Gaspar, de Ficções amazônicas (2022).
Joana Stichini Vilela
Joana Stichini Vilela nasceu em Lisboa, em 1980. É jornalista freelance, autora de vários formatos televisivos nas áreas da criatividade e das tendências, e coautora da série de livros Lx (Lx 60, Lx 70, Lx 80, Lx 90, Lx Joga), sobre a vida em Lisboa em cada uma dessas décadas.
Francesca Wade
Francesca Wade (Reino Unido) é jornalista e editora da White Review. Já escreveu para publicações como London Review of Books, Times Literary Supplement, Paris Review, New York Times e New Statesman. Recebeu o Biographers’ Club Tony Lothian Prize e é fellow no Leon Levy Center for Biography. Square Haunting é o seu primeiro livro.
Julia Wähmann
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1982. Publicou os romances «Manual da demissão» (2018) e «Cravos» (2016), e os fanzines «André quer transar» (2015) e «Diário de Moscou» (2015).
Binyavanga Wainaina
Nasceu no Quénia, em 1971. Iniciou a sua carreira literária escrevendo sobre viagens e gastronomia e, em 2003, fundou a revista literária «Kwani?», uma referência na descoberta e divulgação de talentos literários de países africanos. Venceu o Caine Prize for African Writing (2002) com o conto «Discovering home», e em 2003 foi distinguido com um prémio da Kenya’s Publisher’s Association. Já escreveu para a «National Geographic», a «EastAfrican» e o «New York Times», entre outras reputadas publicações.
Jillian Weise
Nasceu em Houston (EUA), em 1981. É poeta, dramaturga, activista dos direitos das pessoas com deficiência e professora na Universidade de Clemson. É autora de dois livros de poesia, «The Amputee’s Guide to Sex» e «The Book of Goodbyes», e de um romance, «The Colony». Não está publicada em português.
Colson Whitehead
Colson Whitehead nasceu em Nova Iorque, em 1969. Estreou-se na ficção com A Intuição É Tudo (Portugal) / A Intuicionista (Brasil). Depois deste, publicou quatro romances, entre os quais A Estrada Subterrânea (Portugal) / Os Caminhos para a Liberdade (Brasil), distinguido com vários prémios literários em 2016: Pulitzer, National Book e Arthur C. Clarke. Mais recentemente, saiu Nickel Boys.
Danuta Wojciechowska
Nasceu em 1960, no Canadá. É formada em Design de Comunicação (Escola Superior de Design de Zurique) e pós-graduada em Educação pela Arte (Emerson College, Inglaterra). Fundou em Lisboa a Lupa Design. Ilustrou mais de 60 livros, jogos e manuais escolares. Recebeu em 2003 o Prémio Nacional de Ilustração, entre outros, e em 2014 foi distinguida como Mulher Criadora de Cultura pelo Governo de Portugal.
Lina Wolff
Nasceu em 1973, em Lund, na Suécia. Escreveu a colectânea de contos «Många människor dör som du» («Muita Gente Morre Como Tu»). Em 2012, publicou «Bret Easton Ellis och de andra hundarna» («Bret Easton Ellis e os Outros Cães»), romance nomeado para vários prémios literários no seu país. Os seus livros não estão traduzidos em português.
Antônio Xerxenesky
Nasceu em Porto Alegre, em 1984, e vive em São Paulo. É escritor, tradutor e doutor em Teoria Literária (Universidade de São Paulo). Publicou, entre outros, os romances «As perguntas» (2017) e «F» (2014). A sua obra está traduzida em francês, italiano, inglês e espanhol. Em 2012, foi eleito pela Granta um dos vinte melhores jovens ficcionistas brasileiros.
Larissa Zaidan
Nasceu em São Paulo, em 1990. Formou-se em Jornalismo e começou a sua carreira como fotojornalista na VICE Brasil, em 2016. É membro da agência brasileira de fotografia Angústia Foto, desde 2017. Tem trabalhos publicados no Financial Times, California Sunday Magazine e PHMuseum. Actualmente, vive em São Paulo.
Richard Zimler
Nasceu em 1956, em Nova Iorque. Formou-se em Religião Comparada na Universidade de Duke e em Jornalismo na Universidade de Stanford. Em 1990 mudou-se para o Porto, onde leccionou Jornalismo, na Escola Superior de Jornalismo e na Universidade do Porto. Tem nacionalidade americana e portuguesa. Estreou-se na ficção com «O Último Cabalista de Lisboa» (1996) e desde então publicou contos, livros para crianças e vários romances, o último dos quais «Meia-Noite Ou o Princípio do Mundo» (2017). A sua obra encontra-se traduzida em mais de vinte línguas. www.zimler.com
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