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Autores |
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| Martin Kimani | É natural do Quénia, país que actualmente representa a nível internacional, enquanto diplomata. Doutorado pelo King’s College em Estudos de Guerra, é professor associado na mesma instituição. Colaborador frequente de jornais como o «Guardian», encontra‑se actualmente a trabalhar num livro sobre catolicismo e genocídio no Ruanda. Vive entre Londres e Washington. | |
| Martin Kimani participa na GRANTA 4 com «O trabalho da guerra».
«Não há nada mais quotidiano do que o trabalho; nenhum ritmo mais instalado nas nossas vidas. O trabalho é tão comum, que se tornou invisível. Em muitos testemunhos dos genocidas do Ruanda, dezenas dos quais entrevistei em prisões na fase de investigação do meu doutoramento, o assassínio é descrito como trabalho e o genocídio, como uma guerra. Quis descobrir porque é que tinham matado, como é que o tinham feito e o que sentiam sobre o assunto, passado uma década. Julguei que encontraria homens desfeitos, atormentados, a definhar de culpa. Talvez existissem alguns nessa condição, mas eu não conheci nenhum.» |