|
Revista |
|
| GRANTA 12 | Quente | «Agora tudo é quente. A temperatura, a identidade, os museus, o galanteio, os pronomes, as estátuas, tudo. O conflito existe em todas as sociedades humanas e em todos os humanos, mas durante os últimos séculos convencemo‑nos de que a ‘razão’, a ‘democracia’, a ‘esfera pública’ e o ‘debate’ enquadravam o conflito. Isso terá acabado, ou acabado por agora. Há virtudes no fim dos consensos, dos cânones, dos valores universais? Talvez haja, mas são mais os perigos.»
— Pedro Mexia
«No princípio era o Quente — e no final também. Há algo de tristemente irônico no fato de que o ser humano só pode existir onde há calor, e ao mesmo tempo sua existência esteja ameaçada pelo calor que ele mesmo gerou. O escritor indiano Amitav Ghosh, no livro O grande desatino: mudanças climáticas e o impensável, argumenta que a crise que vivemos é resultado da incapacidade das sociedades modernas de reconhecer e enfrentar a magnitude das mudanças climáticas, e que essa incapacidade se manifesta tanto na política quanto na ficção contemporânea.»
— Gustavo Pacheco | | |
|
| Neste número: |
| Alejandro Zambra, Assaltantes de olhos azuis Mário Macilau, Desenhar através da luz Waldson Souza, Cadente Gustavo Pacheco, O dia antes José Carlos Barros, Um fogo a arder por dentro do corpo Breno Kümmel, A outra Beatriz Batarda, Quantas vozes de fala Owen Sheers, Bomba lançada Patricio Pron, Como uma cabeça enlouquecida esvaziada d Hanif Kureishi, Políticos eróticos e mullahs João Sousa Cardoso, A febre do museu Bruna Kalil Othero, Culpa o sol Cláudia Clemente, Maria Eduarda Natalia Borges Polesso, Promessas da natureza Luiza Baldan, Canela-de-ema (2024) Lauren Oyler, A semana passada em Marienbad |